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IPCA-15 de fevereiro sobe 1,42%, maior nível para o mês desde 2003

24 Fev 2016 - 06h00
No grupo alimentação, destacam-se individualmente a cenoura, com alta de 24,26%, a cebola - Crédito: Foto: ReproduçãoNo grupo alimentação, destacam-se individualmente a cenoura, com alta de 24,26%, a cebola - Crédito: Foto: Reprodução
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), teve variação de 1,42%, em fevereiro, e ficou 0,5 ponto percentual acima dos 0,92% da da taxa de janeiro, de acordo com dados divulgados ontem (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi o maior para os meses de fevereiro desde 2003, quando a taxa registrou 2,19%.


Com o resultado de fevereiro, o IPCA-15 – prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país – acumula alta de 2,35% nos dois primeiros meses do ano. Em fevereiro do ano passado, a alta chegou a 1,33%. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 10,84%, o maior desde novembro de 2003, que chegou a 12,69%.

Pressão


As influências mais fortes na composição do IPCA-15, segundo o IBGE, são resultado dos grupos Alimentação e Bebidas, com variação de 1,92% e impacto de 0,49 ponto percentual, Transportes, com 1,65% e 0,3 ponto, e Educação, com 5,91% e impacto de 0,27 ponto percentual. Juntos, os três grupos responderam por 75% do IPCA-15. No grupo alimentação, destacam-se individualmente a cenoura, com alta de 24,26%; seguida da cebola (14,16%); do tomate (14,11%); do alho (13,08%); da farinha de mandioca (12,2%) e das hortaliças (8,66%).


A aceleração registrada no grupo Transporte refletiu o aumento das tarifas dos ônibus urbanos, com alta de 5,69%, de trem (6,12%), de metrô (5,27%), ônibus intermunicipais (5,04%) e táxi (3,65%). Houve, ainda, reflexos da alta do litro do etanol (4,92%) e da gasolina (1,2%).


O grupo Educação foi o que mais contribuiu individualmente para o IPCA-15, com a alta de 5,91%, refletindo os reajustes de início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, item que subiu 7,41%. O grupo provocou o maior impacto individual no índice do mês: 0,21 ponto percentual.

Regiões


Regionalmente, a maior alta do IPCA-15 foi registrada em Salvador (2,26%), onde os alimentos tiveram elevação de 4,59%, de janeiro para fevereiro. Já a menor alta foi registrada em Brasília (1,01%), em virtude da queda de 13,14% no item passagens aéreas.


Recife fechou com a segunda maior alta da taxa do país – 1,82%. Rio de Janeiro (1,62%), Belém e Porto Alegre, ambas com alta de 1,45%, registraram taxas superiores à variação global, de 1,42%. Em São Paulo, a alta do IPCA-15, em fevereiro foi de 1,24% e, na região metropolitana de Belo Horizonte, de 1,32%.


Prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 tem a mesma metodologia de pesquisa do IPCA, mas com abrangência e período de coleta diferentes. Para a aferição do IPCA-15 os preços são coletados no período compreendendo a metade do mês anterior e a metade do mês de referência, abrangendo as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Recife, de São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. Assim como no caso do IPCA, no entanto, o indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

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