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Feijão e batata puxam alta na capital, diz Dieese

06 Jul 2016 - 13h36
Feijão registrou uma alta de 59,16% no mês de junho em Campo Grande, segundo o Dieese - Crédito: Foto: Reprodução/TV MorenaFeijão registrou uma alta de 59,16% no mês de junho em Campo Grande, segundo o Dieese - Crédito: Foto: Reprodução/TV Morena
Feijão, batata, manteiga e leite, todos com aumento percentual de dois dígitos, ajudaram a provocar um incremento de 6,75% no preço da cesta básica em Campo Grande no mês de junho em relação a maio. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês passado o valor do desembolso para a aquisição do 13 produtos que a compõem foi de R$ 428,73, R$ 27,10 a mais que em maio.

Com esse valor, o preço da cesta básica em Campo Grande foi em junho o sétimo maior entre as 27 capitais brasileiras em que a entidade faz esse levantamento. A capital sul-mato-grossense foi superada somente por: São Paulo (R$ 469,02), Porto Alegre (R$ 465,03), Florianópolis (R$ 463,24), Brasília (R$ 448,40), Rio de Janeiro (R$ 439,78) e Cuiabá (R$ 430,78).

De acordo com o Dieese, dos 13 produtos da cesta básica, nove aumentaram de preços no mês passado em Campo Grande. A alta mais expressiva foi do feijão, com 59,16%. A entidade aponta que desde o início do ano o preço do grão vem subindo em razão das plantações terem sido afetadas pelas variações climáticas e também pela redução da área cultivada. A previsão é que com a colheita da safra irrigada, em julho, a oferta se normalize e os preços caiam.

Depois do grão, a segunda maior elevação no mês foi da batata, com 28,11% de incremento em Campo Grande. Assim como no caso do feijão, o departamento destaca que o clima afetou a produtividade dos cultivos com o tubérculo, reduzindo a quantidade de produto no mercado e pressionando os preços, que vêm aumentando nos últimos meses.

Outros dois produtos que contabilizaram alta expressiva no mês foram a manteiga (23,90%) e o leite (15,95%). Nos dois casos, o Dieese atribuiu o aumento a entressafra e aos altos custos da produção da pecuária de leite.

Além destes quatro itens, também registraram altas de preços na capital de Mato Grosso do Sul: arroz (5,98%), café (4,99%), tomate (1,33%), açúcar (1,26%) e trigo (0,24%). Em contrapartida, ocorreu uma queda no valor da carne (2,72%), óleo (3,04%), pão (4,06%) e banana (4,74%).

Conforme o Dieese, o trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 880) comprometeu 52,96% do valor liquido de sua remuneração (salário menos o desconto da previdência social) para comprar a cesta básica em Campo Grande no mês passado. Isso representou 107 horas e 11 minutos de sua jornada mensal de trabalho.

Já a aquisição da cesta básica familiar, que é composta por produtos para atender uma família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, custou na cidade R$ 1.286,19, o equivalente 1,46 vezes o salário mínimo bruto atual.

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