
"Os pleitos para os cargos de prefeitos e vereadores dos 79 municípios do Estado aumentaram a possibilidade de as indústrias gráficas do Estado fazerem bons negócios em decorrência da necessidade de os políticos terem de amenizar a imagem negativa para se obter votos. Com a perda de credibilidade devido aos últimos acontecimentos, vender esse produto que é o político se tornou muito complicado e, portanto, quem for candidato terá de investir pesado na divulgação, principalmente, com produtos impressos, como folders, praguinhas (adesivos de papel) e outros tipos de materiais de propaganda eleitoral", detalhou Julião Gaúna.
Ele acrescenta que, caso se confirme essa projeção, será possível minimizar as perdas de faturamento registradas pelas indústrias gráficas sul-mato-grossenses desde 2014. "Neste momento de grandes dificuldades que o segmento passa, graças à gana arrecadadora dos governos federal, estadual e municipal, as eleições municipais podem ser a luz no fim do túnel para nós empresários. Esperamos que os gastos com a campanha, em especial, com os produtos impressos sejam ampliados para que possamos reverter a situação financeira atual", explicou.
Crise
O presidente do Sindigraf/MS e Abigraf/MS também aproveita para criticar a atual carga tributária que recai sobre o segmento. "Com a previsão de fecharmos o 3º trimestre deste ano com mais de 134 mil desempregados no Estado, O Governo precisa agir de forma rápida para reverter esse quadro e os impostos precisam diminuir para que o custo de operação também caia. O setor produtivo não pode pagar sozinho a conta dessa crise, que é fruto da falta de gestão pública. A cada dia que passa, a competitividade dos nossos produtos diminui, impossibilitando que possamos enfrentar de igual para igual com outros mercados", analisou.
Julião Gaúna cobra uma solução mais rápida para o imbróglio político-partidário que está acabando com a confiança do Brasil nos mercados externos. "Os nossos representantes políticos têm de pensar no coletivo e não no individual como sempre fizeram. A massa produtiva deste país precisa acompanhar e pressionar para que seja encontrada uma solução para que o caos não se enraíze ainda mais", destacou, completando que ainda é possível encontrar uma solução para o atual entrave econômico e financeiro nacional. "As investigações que estão em curso precisam cumprir com o papel de levar os responsáveis por toda essa corrupção para a cadeia e, assim, os brasileiros voltarão a acreditar no Brasil", finalizou.
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