
Não é novidade para ninguém que o mercado vem sofrendo transformações, especialmente durante a pandemia. Ficou claro que a necessidade de se adaptar a novos modelos de trabalho são necessários para acompanhar as demandas que surgem, principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva.
De acordo com a pesquisa feita pelo Observatório Nacional da Indústria, até 2025 Mato Grosso do Sul precisará qualificar 135 mil pessoas para atuarem no setor industrial. A estimativa é que 80% desse número correspondam a trabalhadores que deverão se atualizar para atender as novas expectativas do mercado.
Por ser uma das principais instituições formadoras em ocupações industriais do país, o Senai já trabalha em suas diretrizes com a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. De acordo com o gerente de educação do Senai, Rogaciano Adão Canhete Junior, não basta falar apenas em tecnologia e novas ferramentas de trabalho sem antes passar pela formação do profissional e como ele trabalha essas habilidades.
“Já está no DNA do Senai trabalhar no profissional a sua capacidade de desenvolver novas habilidades. O mercado segue novos rumos e a inovação não está somente nas empresas e na maneira de trabalhar o novo mercado, mas no comportamento e atuação dos profissionais que estão por trás dos processos. O Senai vem trabalhando essa visão na aplicação das metodologias de ensino para que os profissionais possam acompanhar as transformações”, afirmou Rogaciano Canhete.
Painel Futuro do Trabalho
O tema foi amplamente discutido na última semana durante o painel sobre o futuro do trabalho, promovido pela Fiems. Especialistas em recursos humanos e com grande experiência no tema, os diretores de RH Fabiana Galetol, da Sodexo Benefícios e Incentivos Brasil, e Wellington Silvério, da John Deere na América Latina, falaram sobre os grandes desafios que o mercado enfrenta e as tendências com relação à qualificação de mão de obra, o recrutamento de bons profissionais e como mantê-los no quadro de funcionários. Para os profissionais a principal chave para acessar esse novo modelo de trabalho é a qualificação.
Fabiana Galetol reforçou que o processo de transformação exige que o profissional pense a curto, médio e longo prazo. “Estamos vivendo muitas mudanças e isso nos estimula a desenvolver novas habilidades para que independente do que acontecer, possamos estar preparados para o que vem pela frente. Temos inúmeras oportunidades e desafios para lidar”.
Na avaliação de Wellington, o caminho é seguir com foco no desenvolvimento de pessoas e humanizar cada vez mais o trabalho. “Muitas competências se reinventaram, o papel das organizações também é apoiar a sociedade diante dessas mudanças e oferecer ferramentas para uma transformação para que as pessoas tenham oportunidade para se desenvolver e se adaptar aos novos modelos de trabalho”, pontuou.
Para os especialistas, a pandemia acelerou o processo de transformação, novas competências surgiram, com tantas transformações, os especialistas em RH reforçaram a importância de desenvolver novas habilidades. Para Wellington, a transformação foi rápida e exige resultados na mesma medida. “Antes da pandemia falávamos sobre a transformação digital, existia muito receio em relação a isso, se essa transformação traria riscos aos empregos, e hoje, o que estamos vendo é que o emprego não somente ressurgiu como vem demandado cada vez mais nossos talentos”.
Para Fabiana, é preciso se adaptar as mudanças. “Adaptabilidade é o grande desafio. Especialmente para as pequenas e médias empresas sofreram com perdas. As organizações têm o papel importante, mas as pessoas também têm o desafio de buscar essas habilidades e desenvolverem seus talentos”.
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