Após ver seu número de bookings (check-in, como registro na rede hoteleira) crescer 346% de 2021 para 2022, a Woba, maior marketplace de coworkings da América Latina, entendeu a relevância em fazer uma análise aprofundada sobre o setor. Dessa forma, lança o “Censo Coworking 2023 - Uma análise Woba do mercado brasileiro”, estudo que será lançado anualmente para acompanhamento desse mercado no país. A pesquisa mostra que os coworkings faturam, em média, R$ 305 mil por ano, com lucro médio anual de R$ 115 mil, e que o número de aberturas de coworkings aumentou 63% entre 2019 e 2023, totalizando mais de 2,4 mil espaços no Brasil. A publicação completa já está disponível.
Considerada a principal fonte de informação sobre coworkings no Brasil, a Woba conta com uma plataforma composta por diferentes redes de coworkings e espaços únicos, e reúne 1,6 mil unidades em mais de 250 cidades brasileiras. No entanto, para o “Censo Coworking 2023 - Uma análise Woba do mercado brasileiro”, a startup ampliou seu banco de dados e incluiu demais espaços no país, considerando os 2,4 mil empreendimentos do segmento. O último estudo desse mercado realizado no Brasil foi em 2019, o que permite uma avaliação de cenário pré e pós-pandêmico.
Com relação aos custos e faturamento, os dados sugerem que os coworkings estão se mantendo financeiramente viáveis, mesmo quando o faturamento é modesto. A partir de todos os dados analisados e considerando que há variações, a média de lucro anual é de R$ 115 mil em 2022, número superou em 6,5% os números pré-pandêmicos de 2018, enquanto o faturamento anual médio de R$ 305 mil foi 4,4% menor, considerando-se o mesmo período. O custo anual médio da operação é de R$ 191 mil. “Apesar do faturamento dos coworkings ter caído, o cenário não é negativo, porque o lucro cresceu e isso pode ser atribuído a uma gestão eficiente”, ressalta Roberta Vasconcellos, cofundadora e CEO da Woba.
Ainda que a maior parte dos coworkings esteja concentrada no Sudeste — 58% estão na região, sendo 29% em São Paulo —, é notória a penetração desse mercado no país como um todo. O crescimento se deve, principalmente, às mudanças de forma de trabalho ocorridas desde 2020, com a chegada da pandemia de Covid-19, onde empresas e pessoas se adaptaram aos modelos de trabalho remoto e híbrido, que se consolidaram mesmo com o retorno das atividades presenciais.
“Está claro que, em 2023, o uso do coworking está começando a fazer parte da cultura de trabalho do país e as organizações, assim como os colaboradores, têm necessidades específicas. Sondando nossa rede, percebemos que a grande demanda por coworkings e o aumento da concorrência está gerando mais investimento e criatividade no segmento. Salas de reunião e ar condicionado, por exemplo, deixam de ser diferenciais e tornam-se itens essenciais, presentes em 97% e 96% dos espaços, respectivamente”, analisa a CEO da Woba.
Também são bastante comuns comodidades como copa com geladeira para uso gratuito (88%) e espaço para café gratuito (85%). Muitos coworkings já se diferenciam por oferecerem atendimento em inglês (49,5%), venda de produtos alimentícios, como chocolates, salgados e refrigerantes (45,5%), bicicletário (42%) e jardim externo (39%). Ainda há aqueles que já oferecem funcionamento 24 horas (24%), estacionamento próprio e gratuito (22%), atendimento em espanhol (10%), espaço para animais (10%) e espaço para crianças (3%).
Quanto à acessibilidade, 49,5% dos coworkings afirmam serem acessíveis a PCDs com mobilidade reduzida. “Esses dados são uma pequena amostra do quanto as pessoas com deficiência ainda são excluídas do mundo do trabalho e do convívio social, de forma geral. Os diferentes espaços de uma cidade deveriam ser acessíveis a todos os seus cidadãos. A mentalidade da diversidade e inclusão precisa ser profundamente trabalhada na sociedade, principalmente quando a maioria dos coworkings, 44%, tem como principal proposta de valor a comunidade e conexão”, comenta Roberta.
A segunda maior proposta de valor dos coworkings é a redução de custos, item escolhido por 42% dos entrevistados. De fato, muitas empresas vêm deixando os escritórios tradicionais por soluções flexíveis. Atualmente, a rede Woba atende empresas como XP, Yalo, Albert Einstein, Banco Inter, CNH Industrial e iFood, por exemplo.
Sobre a Woba
A Woba é um ecossistema de soluções de trabalho. Fundada em 2017, dentro da comunidade San Pedro Valley, em Belo Horizonte, com o nome BeerOrCoffee, A Woba tornou-se o maior marketplace de coworkings da América Latina. Em 2022, passou a aderir ao conceito “Work-Life Balance” e se transformou em Woba. Conta com mais de 150 colaboradores, que trabalham de norte a sul do Brasil e do exterior. Entre seus clientes estão XP, Ifood, Yalo, Albert Einstein, Gupy e Banco Inter. Os investimentos recebidos são R$ 8 milhões (2018) de Kees Koolen, fundador do Booking.com, e de R$ 50 milhões milhões (2021) dos fundos Kaszek e Valor. Atualmente, participa do programa de aceleração Scale-Up Endeavor, que seleciona empresas com alto potencial de crescimento no país. Saiba mais em www.woba.com.br.
Qual o objetivo do coworking?
O objetivo principal de um coworking é o compartilhamento de espaço e otimização de recursos para empreendedores e empresas de pequeno porte. O coworking é um espaço físico que pode ser compartilhado por várias empresas, profissionais liberais e freelancers. Além de dividir as despesas gerais, como luz, aluguel, você e sua empresa podem compartilhar várias áreas em comum, como refeitório, auditório, recepção e, o mais interessante, trocar experiências com outros profissionais e empresas e ampliar a sua rede de relacionamento. É muito simples. Você aluga uma estação de trabalho de acordo com as suas necessidades e recebe, também, serviços e facilidades como recepção, internet, estrutura física, como auditório, sala de reuniões e estacionamento. Tudo depende do que você precisa – há, no mercado, planos por hora, por mês e, até, anuais.