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Empreendedor individual

Com desemprego e crise, cresce 21% número de MEIs em Dourados

Pesquisa da UFGD mostrou que o número de inscrições de empreendedores individuais aumentou em 280,45% no município nos últimos 8 anos

14 Nov 2019 - 08h58Por Valeria Araújo
Uma pesquisa daUFGD mostrou que o número de inscrições de empreendedores individuais em Dourados cresceu - Crédito: divulgaçãoUma pesquisa daUFGD mostrou que o número de inscrições de empreendedores individuais em Dourados cresceu - Crédito: divulgação

O número de pessoas que decidiu optar por trabalhar como Microempreendedor Individual (MEI) já aumentou 21% em Dourados. Os dados mostram que os números de inscrições até setembro desse ano (11.528) já superam o valor total do ano passado (9.511).  O levantamento é do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS.

A economista Daniela Teixeira Dias explica esse aumento.  “Estamos num processo de recuperação da economia e Dourados é um dos municípios mais fortes que temos no Estado, além de possuir uma grande dependência de bens e serviços, por exemplo. É muito comum, durante um processo de instabilidade econômica e recuperação da economia, que se abram muitos MEIs, como uma alternativa de renda. O grande problema dessa questão é o não enxergar como uma oportunidade de algo para longo prazo ou não haver a visão empreendedora. Apesar disso, o MEI foi uma possibilidade de formalização de muitos autônomos, mas esse aumento, de fato, se volta a essa grande dependência também nesse momento em que surge mais criatividade para que haja a abertura de MEIs. Então eu tenho um negócio, eu tenho em mente algo, eu preciso de renda então eu acabo abrindo um Mei como alternativa de renda. Isso também é importante porque  acaba estimulando esse olhar empreendedor, que deve ser consciente e não só visto como uma alternativa de renda. A maioria dos MEIs estão relacionados principalmente aos segmentos de alimentação, beleza e moda, a área de bens e serviços. A justificativa para esse aumento se pauta nesse contexto visto a dependência,  necessidade de geração de renda, a instabilidade econômica, que traz aumento de desemprego e ai as pessoas precisam ter um mecanismo de renda e também a idéia de formalização para se conseguir alguns benefícios”, destacou.

Uma pesquisa da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) mostrou que o número de inscrições de empreendedores individuais em Dourados cresceu constantemente, de 2010 até dezembro de 2018, principalmente, após a implantação do Programa para o Microempreendedor Individual (MEI), que busca a formalização de vários agentes econômicos, até então na informalidade.

O estudo apontou ainda que o número de inscrições de empreendedores individuais aumentou em 280,45% nesse período de 8 anos, isso significa um crescimento médio anual de 35,06%. Ou seja, percebe-se um crescimento expressivo de empresas formais no município de Dourados.

O número das empresas ativas no período que compreende de 2010 a 2017 também aumentou constantemente, chegando a um crescimento de 145,71%, nesse período de 7 anos, já que os números correspondentes a 2018 é uma projeção. Isso significa um crescimento anual de 20,82% em Dourados.

RENDA

A renda obtida como microempreendedor individual (MEI) é a única fonte de recursos de 1,7 milhão de famílias, diz a 6ª pesquisa Perfil do MEI, feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com a pesquisa, isso significa que 5,4 milhões de pessoas no país, considerando quatro pessoas por família, dependem da renda de um MEI. Os dados mostram ainda que a renda média familiar desse segmento alcançou R$ 4,4 mil, o equivalente a pouco mais de quatro salários mínimos.

A pesquisa entrevistou 10.339 microempreendedores individuais entre 1º de abril e 28 de maio deste ano em todos os estados brasileiros. Segundo o Sebrae, a sondagem alcança 95% de nível de confiança e 1% de margem de erro, delineando as principais características desses empreendedores.

Os números mostram que a atividade de microempreendedor individual é a única fonte de renda de 76% dos entrevistados. De acordo com os dados, 61% dos MEI se formalizaram atraídos pelos benefícios do registro (ter uma empresa formal, possibilidade de emitir nota, poder fazer compras mais baratas), 25% por conta dos benefícios previdenciários e 14% por outros motivos diversos.

“Os resultados do levantamento mostram que 33% dos MEI estavam na informalidade (como empreendedores ou empregados) antes de optarem pelo registro como microempreendedor. Deste universo, 48% empreendiam sem CNPJ por 10 anos ou mais”, disse a assessoria do Sebrae.

 

 

 

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