Com origem no século 19, lojas tem peças para todos os gostos e preços acessíveis a todas as classes sociais - Crédito: DivulgaçãoSe antes era apenas por uma questão de economia, já que os preços são bem mais em conta que nas lojas tradicionais, hoje os “brechós” ganharam outros contextos e estão em vários bairros. Alguns, como um dos visitados pela reportagem, chegam a ter até 50 mil peças, para todos os gostos e com preços que variam de 5 a, no máximo, 10º reais. Um dos novos contextos é o de sustentabilidade: A ação trazida pelos brechós de reutilização de materiais em desuso colabora para a diminuição da produção em massa de novos produtos a cada instante, evitando assim a poluição, descarte de lixo e gerando prevenção quanto à degradação ambiental. Outro é a exclusividade: geralmente adquiridas fora da cidade, em outros estados, as peças são únicas e é muito comum ver jovens que querem um visual diferenciado “garimpando” peças. Aliás, “garimpar” é uma boa definição para quem vai a um brechó: não pode ter pressa e ter um “olhar clinico” para achar boas peças.
Consta que no Brasil a origem da palavra “brechó” é bem peculiar. No Rio de Janeiro surgiu uma loja de artigos usados chamada Casa do Belchior. A crescente popularidade do local fez com que o nome Belchior fosse associado a estabelecimentos que vendiam produtos usados e antigos (até Machado de Assis usou a expressão “loja de belchior” em um de seus contos). Com o passar do tempo a palavra sofreu um processo de mudança e se adaptou a “brechó”, dando origem ao novo termo.
Em Dourados eles estão em pontos estratégicos da cidade e oferecem roupas para praticamente todas as estações, todas as faixas etárias e possibilitam até aos de menor poder aquisitivo vestir uma roupa de grifes famosas. Nesses locais, donos e funcionários fazem um trabalho de seleção das peças de roupa, de forma que as que possuem algum defeito sejam descartadas, garantindo permanecer nas araras apenas as em boas condições de uso.
Ainda em relação aos brechós, eles podem ser classificados em dois tipos: os empresariais, no formato de lojas e cujas peças são compradas para serem revendidas e os beneficentes, que tem seus acervos resultantes de doações. Um bom exemplo desse tipo de brechó é o mantido pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. Alí todas as roupas e outras peças (bijouterias, calçados e etc) são doados pela comunidade. É do lucro do brechó que sai o pagamento das contas de água e energia e de pessoal, por exemplo. Como se vê, os brechós estão na moda...
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