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Cesta básica

Arroz teve alta de 90% entre janeiro e agosto, diz Procon de Dourados

O órgão orienta que consumidores não façam estoque do produto e comprem o necessário

14 Set 2020 - 13h34Por Gracindo Ramos
Arroz teve alta de 90% entre janeiro e agosto, diz Procon de Dourados - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Nos últimos dias, os consumidores douradenses foram surpreendidos com os repentinos aumentos de preços nas prateleiras dos supermercados, principalmente dos produtos de primeira necessidade. De acordo com o Procon de Dourados, a cesta básica teve uma alta de cerca de 20% na cidade, somente entre os meses de julho e agosto. O preço elevado de commodities no mercado internacional e também uma queda do real em relação ao dólar pode explicar a inflação nesse período. 

“Com relação as altas dos preços, o que mais tem se observado são, justamente, os produtos tipo exportação, as chamadas commodities: soja, milho, arroz, trigo, café, açúcar, que além de ter um aumento em dólar, o Brasil ainda teve uma desvalorização do real, de janeiro a agosto, de cerca de 33%. Então, isso aí refletiu muito na despesa”, explica o diretor do Procon de Dourados, Antônio Marcos Marques, sobre a inflação do custo de gêneros alimentícios para os consumidores.

O aumento de preço que mais tem chamado a atenção dos douradense é de um dos principais itens que compõem a mesa do brasileiro: o arroz. “O item que mais chamou a atenção, que cresceu no valor esse ano, de janeiro a agosto, foi o arroz, cerca de 90%. Mas, agora, nós já temos informações de que o Governo Federal está isentando a taxa de importação do arroz. Então, isso poderá refletir um pouco na queda do custo desse produto”, confirma o diretor do órgão de defesa do consumidor. Antônio Marcos pede para que a população não faça estoque de arroz. Ele sugere que os consumidores comprem o necessário. “Evitar de querer comprar muitos pacotes, comprar o mínimo possível até que se baixe os preços”, pede o diretor. 

Medidas de contenção

O Procon Estadual pediu intervenção do poder público, “especialmente dos Ministérios da Justiça, da Economia e da Agricultura, no sentido de conter os frequentes aumentos”. O órgão “já notificou alguns supermercados e está desenvolvendo ação no sentido de notificar todos os ‘atacarejos’ do Estado a demonstrarem, por meio de nota fiscal de aquisição, as razões para a prática dos atuais reajustes”, divulgou na última semana a assessoria do Governo de Mato Grosso do Sul.

O Procon Municipal possui uma equipe de fiscalização que, mensalmente, realiza um levantamento dos preços dos produtos da cesta básica em mais de dez estabelecimentos de supermercados e atacarejos da cidade. E, no caso de denúncias, essa equipe vai até o estabelecimento para verificar a veracidade e, se for o caso, notificar o infrator. “Com relação a álcool gel e outros produtos, logo no início da pandemia do novo coronavírus, houveram muitas denúncias com relação a preços. Foram abertos cerca de 20 procedimentos para apurar essa situação. E eu gostaria de informar também que o Procon, mensalmente, faz a pesquisa, dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha e, agora, bimestralmente está fazendo da cesta básica de materiais de construção”, explica Antônio Marcos sobre a atuação do órgão de defesa do consumidor em Dourados.

“O consumidor, toda vez que fizer uma compra ou contratar algum serviço, deve pegar nota fiscal, pegar recibo e fazer um contrato bem elaborado, o que sempre facilita para o Procon atuar, principalmente no caso de abuso e falta de cumprimento no oferecimento do produto”, orienta Marques. 

O Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidores está realizando agendamento de atendimento. O órgão fica localizado na Rua Antônio Emílio de Figueiredo, 1910, centro e está atendendo e registrando denúncias através dos telefones 151, 67 3411-7654, 67 3411-7754 e 67 98468-8294, e e-mail [email protected]

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