Crédito: Foto:Divulgação
Campo Grande - A alta no preço do algodão por conta da quebra de safra de importantes produtores mundiais, como Paquistão, e a decisão da Índia de suspender as vendas para o mercado externo já está afetando as indústrias têxteis e de fios em Mato Grosso do Sul. Conforme o presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), José Francisco Veloso Ribeiro, a situação vem desde o quarto trimestre do ano passado.“O algodão brasileiro acabou tornando-se uma das poucas opções e fez com que os produtores preferissem exportar, principal-mente para a China. Isso deixou o mercado interno com falta de produto e as indústrias em situação de instabilidade para produzir”, afirmou Francisco Veloso, acrescentando que em um pequeno período o preço da matéria prima subiu muito e continua oscilando, o que mantém o clima de incertezas para a indústria.
Ele informa que em um período de seis meses a alta do algodão chegou a 150% e o preço da pluma está variando muito. “O momento é de insegurança para a indústria que não tem base para se preparar para o futuro e que tem mantido as máquinas rodando porque se parar pode ficar pior ainda, mas isso é hoje, amanhã pode ser outro momento”, explicou, reforçando que as mudanças nas cotações tem sido repentinas e que a tendência de alta ainda permanece.
Campo Grande - Nas indústrias têxteis o impacto segue o efeito cascata, pois, se o algodão está fazendo variar o preço do fio, este por sua vez reflete diretamente no custo de produção da confecção. O empresário Júlio Fukakusa, da Via Blumenau, indústria de confecções em atividade há cerca de cinco anos em Sidrolândia, explica que o fio a cada dia chega mais caro. “Comprávamos o fio de algodão 30/1 cardado, que é o mais comum usado na malharia, a R$ 6,90 o quilo e hoje está cerca de R$ 15,50. A diferença é muito grande em período tão curto”, explicou.
Ele acrescenta que essa diferença no custo de produção também não pode ser totalmente repassada porque o mercado não absorve o produto. “Não está sendo possível repassar porque os magazines não pagam o preço”, afirmou, reforçando que, para compensar o alto custo do fio, a indústria está importando parte de sua produção para completar o mix dos seus produtos. “Por causa desse alto custo do fio de algodão, os fios sintéticos são mais uma opção e estamos mesclando produtos nacionais com importados como uma alternativa mais viável, mas o produto, que vem na maioria da China, também subiu entre 30% e 40%”, completou.
De acordo com o empresário, se fosse possível repassar para o produto final todos os custos da produção com os aumentos constantes do fio, a mercadoria chegaria ao consumidor com valor bem maior que o atual. “Não poderia ser um reajuste menor que 30%, que seria um índice mínimo”, contabilizou, definindo o momento atual como ‘tumultuado’ para a indústria de confecção.
“Ainda assim não é possível frear os investimentos e já planejamos uma ampliação da unidade de Sidrolândia nos próximos meses. “Na tecelagem, a previsão de produção é de 100 toneladas ao ano, mas a meta é fechar 2011 com um milhão de toneladas. Na costura também estamos ampliando, saindo de um quadro de 250 funcionários para 400 profissionais”, adiantou.
Campo Grande - Nas indústrias têxteis o impacto segue o efeito cascata, pois, se o algodão está fazendo variar o preço do fio, este por sua vez reflete diretamente no custo de produção da confecção. O empresário Júlio Fukakusa, da Via Blumenau, indústria de confecções em atividade há cerca de cinco anos em Sidrolândia, explica que o fio a cada dia chega mais caro. “Comprávamos o fio de algodão 30/1 cardado, que é o mais comum usado na malharia, a R$ 6,90 o quilo e hoje está cerca de R$ 15,50. A diferença é muito grande em período tão curto”, explicou.
Ele acrescenta que essa diferença no custo de produção também não pode ser totalmente repassada porque o mercado não absorve o produto. “Não está sendo possível repassar porque os magazines não pagam o preço”, afirmou, reforçando que, para compensar o alto custo do fio, a indústria está importando parte de sua produção para completar o mix dos seus produtos. “Por causa desse alto custo do fio de algodão, os fios sintéticos são mais uma opção e estamos mesclando produtos nacionais com importados como uma alternativa mais viável, mas o produto, que vem na maioria da China, também subiu entre 30% e 40%”, completou.
De acordo com o empresário, se fosse possível repassar para o produto final todos os custos da produção com os aumentos constantes do fio, a mercadoria chegaria ao consumidor com valor bem maior que o atual. “Não poderia ser um reajuste menor que 30%, que seria um índice mínimo”, contabilizou, definindo o momento atual como ‘tumultuado’ para a indústria de confecção.
“Ainda assim não é possível frear os investimentos e já planejamos uma ampliação da unidade de Sidrolândia nos próximos meses. “Na tecelagem, a previsão de produção é de 100 toneladas ao ano, mas a meta é fechar 2011 com um milhão de toneladas. Na costura também estamos ampliando, saindo de um quadro de 250 funcionários para 400 profissionais”, adiantou.
Com sede em Santa Catarina e filial em São Paulo, a empresa, que hoje está voltada para o mercado internacional de fios, pretende lançar mais um braço e dessa vez em Campo Grande. Com vivência superior há 20 anos e atuando em diversos setores produtivos e técnicos, principalmente na área têxtil, a GID está em fase de instalação da unidade na Capital. “Estamos trabalhando na infraestrutura e no fim de maio começamos a produzir”, adiantou o diretor comercial Luis Henrique Guedes.
#####Investimento
Segundo Luis Henrique Guedes, a empresa começará a produzir ainda no primeiro semestre de 2011 cerca de 160 toneladas de fios por mês com a colaboração de 32 profissionais, mas a meta é ainda mais audaciosa. “Pretendemos alcançar 1.420 toneladas de fios por mês até dezembro de 2012. Para isso, vamos compor quadro de 100 funcionários diretos”, afirmou, acrescentando que na decisão de se instalar em Mato Grosso do Sul, somada aos incentivos fiscais, também pesou a proximidade das lavouras de algodão.
Campo Grande - Em Mato Grosso do Sul, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2010/2011 de algodão deve ser 36% maior chegando a 53 mil hectares contra 38.650 hectares da safra passada.
A expectativa de produção no Estado aponta para 72 mil toneladas de pluma, contra 50 mil toneladas da safra anterior. Além disso, área cultivada de algodão em Mato Grosso, o maior produtor do País, na safra 2010/11 deve ser 60% superior à safra anterior, alcançando 671,1 mil hectares de área plantada, enquanto na safra passada foram destinados à cultura 419,2 mil hectares.
Para o diretor comercial da GID Têxtil, a instabilidade do mercado de algodão nesse momento não deve interferir no cronograma de instalação da empresa. “Estamos com o projeto completo totalmente azeitado, com todas as etapas bem programadas e isso nos permitiu efetuar compras futuras de algodão e os custos da matéria prima estão dentro dos custos projetados”, disse, pontuando que a chegada da colheita do algodão deve estabilizar o mercado. “É inevitável, o preço do fio acompanha o preço da pluma”, completou.