
De acordo com economistas da Serasa Experian, apesar do recuo, a quantidade de tentativas de fraude se mantém num patamar alto, uma vez que a queda está relacionada com a retração da economia neste ano de 2015, que vem desestimulando as pessoas a realizarem mais e novos negócios, diminuindo a quantidade de eventos e de alvos potenciais à atuação dos fraudadores. Enquanto o recuo das tentativas de fraude foi de 0,7%, a atividade econômica (segundo indicador PIB Mensal da Serasa Experian) acumula retração de 2,2% até julho.
A popularização da internet é um dos fatores que contribui para as tentativas de fraudes. O cadastramento em sites de e-commerce não idôneos, promoções falsas que exigem informações pessoais do usuário, além da solicitação de adesões para campanhas teoricamente sérias ou com apelo forte nas redes sociais são a porta de entrada para o fraudador conseguir os dados de suas próximas vítimas.
Em agosto, telefonia respondeu por 67.804 registros, totalizando 40,5% do total de tentativas de fraude realizadas, aumento em relação aos 35,3% registrados pelo setor no mesmo mês de 2014. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 50.880 registros, equivalente a 30,4% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 33,1% das ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em agosto/15, com 33.903 tentativas, 20,3% do total. No mesmo mês de 2014, o setor respondeu por 21,9% dos casos. O segmento varejo teve 12.622 tentativas de fraude, registrando 7,5% das investidas contra o consumidor em maio de 2015, ligeira queda em relação ao percentual observado em agosto de 2014 (7,9%). O ranking de tentativas de fraude de maio de 2015 é composto ainda por demais segmentos (1,3%).
Principais tentativas de golpe
É comum que as pessoas forneçam seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão: Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão; Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima; Compra de celulares com documentos falsos ou roubados; Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio; Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima; e Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado;
A Serasa Experian responde diariamente a 6 milhões de consultas, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio, desde a prospecção até a recuperação.
Precaução
Antes de realizar uma venda a prazo, as empresas devem adotar cuidados simples, como: pedir sempre dois documentos originais (como RG, CPF, Carteira de Habilitação); verificar inconsistências nos documentos apresentados. Por exemplo, se a foto é recente, porém a data de emissão do RG é de quando a pessoa tinha 10 anos de idade ou vice-versa; procurar confirmar se as informações fornecidas pelo cliente são verdadeiras, analisando atenciosamente se o nome apresentado nos documentos é o mesmo que consta no comprovante de residência; solicitar ao cliente o número do telefone residencial e faça a checagem dos dados naquele instante; consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes disponível no mercado; e se a suspeita de fraude for grande e o comerciante não se sentir seguro com a venda, é recomendável pedir que uma parte ou todo o pagamento seja feito à vista. (*Assessoria de Imprensa da Serasa Experian).
Deixe seu Comentário
Leia Também

Economia
Atividade econômica brasileira cresce 0,9% em janeiro
17/03/2025 13:30

Economia
Mercado reduz estimativas para crescimento da economia e inflação
17/03/2025 12:30

Economia
Caixa libera abono salarial para nascidos em fevereiro
17/03/2025 11:30

Economia
Receita começa a receber nesta segunda declarações do Imposto de Renda
17/03/2025 10:00

Economia
UEMS realizará pesquisa sobre a dinâmica econômica em região de influência da Rota Bioceânica no MS
17/03/2025 08:00