O enfrentamento da pandemia da Covid 19 nos anos de 2020 e 2021na aldeia Sangradouro em Mato Grosso é o tema do documentário Abdzé Wede’õ, O vírus tem cura? Do cineasta Divino Tserewahú, exibido na última segunda-feira no festival de cinema do Vale do Ivinhema. A sessão comentada foi marcada pela emocionante fala do diretor, que através de seu filme mostrou as dores de toda uma população diante da doença.
Divino Xavante, como é conhecido, aproveitou o período de isolamento para captar imagens dos rituais de festa, de cura e de morte em sua aldeia para expressar o sentimento de luto que assolou todo o planeta. No final da exibição, o cineasta falou da potência da arte cinematográfica em preservar a memória e sublimar a tragédia. O público reagiu com um intenso silêncio. O filme é de média metragem e foi selecionado para encerrar o mais recente festival de cinema de Brasília.
A 17ª. Edição do Festivali está acontecendo em Ivinhema desde o dia 24 de abril e conta com uma vasta programação de oficinas, mostras competitivas e apresentações musicais. O tema deste ano é 18 Anos da Fundação Nelito Câmara. A abertura do evento exibiu um filme sobre a trajetória da FNC e em seguida houve a apresentação da Orquestra Prelúdio, com regência de Eduardo Martinelli, que executou temas clássicos do cinema mundial.
O Festivali segue até ao próximo sábado, 30, e realizará na sexta-feira, 29, o aguardado show do músico Arnaldo Antunes e Trio. O 17º. Festival de Cinema do Vale do Ivinhema é uma realização da Fundação Nelito Câmara com investimento do Fundo de Investimentos Culturais, FIC, através de edital e com apoio cultural de SESC/MS e Fecomércio/MS.
O Festivali
É o festival mais longevo de MS e sua mostra de curtas estudantis já foi finalista em cinco ocasiões no prêmio Itaú-Unicef. Nomes como Zezé Motta, Eliane Lage, Perla, Delinha, Elen Doppeschimit, Mauricio Copetti, entre outros, já passaram pelo festival.