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No Dia da Fraternidade Universal, lembremos que A Paz se Aprende

01 Jan 2021 - 07h00Por Delasnieve Daspet*
No Dia da Fraternidade Universal, lembremos que  A Paz se Aprende -

Primeiro de Janeiro é o Dia da Fraternidade Universal. 
Foi instituído  pela Organização das Nações Unidas. Para todos os povos é tempo de recomeço. Um novo ano sempre desperta expectativas de um novo ciclo. Os verbos recomeçar, repensar, recriar, refazer,  harmonizar, pazear, fazem todo sentido, 
 É, também, tempo de aprendermos ou reaprendermos sobre a paz.
A paz, também, se aprende. 

É necessário que se crie um ambiente de aprendizado seguro e estimulante. Que permita às crianças expressar seus interesses e chegarem a uma conclusão espontânea e criativa. Levamos as crianças a resolverem seus problemas de forma positiva e sem violência 
O difícil é o exemplo. Ser aquilo que se mostra e que se ensina. 
O exemplo, para a criança, fala mais alto do que as palavras. 

Ao compreender as técnicas de pacificação é o momento de se abordar temas de alcance mundial. A criança terá condições de entender as diferenças quanto ao costume, atitude, politica de outros países e o mundo de paz que se deseja. 
Através da clareza de nossos objetivos é que poderemos afastar a crença de que a violência é inevitável. 
No momento em que pudermos mostrar e compartilhar conhecimentos de que é possível resolver os conflitos através de ações pacificas o anseio pela paz será realidade. 

A Paz seria como  um estado de calma ou tranquilidade;  ausência de perturbações e agitação ou a ausência de violência ou guerra. Para que isso ocorra temos de modificar pensamentos e ações. Prevenir conflitos, reconstruir a paz e a confiança entre as pessoas, isso implica a cultura da paz, que na prática, seria o considerar as relações humanas. Enxergar muito além  do agressor, ver, também, a vitima, a família, a comunidade, os que estão envolvidos de maneira direta ou indireta.

Temos de considerar que  o ofensor, também, tem necessidades. Sem estímulos ele não sairá da roda. Não se reintegrará à sociedade. Temos de desconstruir a cultura do medo. Violência gera mais violência. Realimenta o sistema. Temos de aprender e reaprender a lidar com os conflitos, De forma transformadora. Por isso digo que A PAZ SE APRENDE.

E, claro, a construção da cultura da paz vai depender da atitude de cada um.
Precisamos promover o diálogo,  a amizade. Valorizar o que a pessoa tem de positivo. Administrar com respeito e gentileza. Cultivar a solidariedade. O respeito pelas diferenças.

Este ano que finda, o 2020 foi um ano difícil. Em todos os aspectos. Mas foi possível promover a cultura da paz. Porque ela começa a partir de cada individuo.  A partir de você. Precisamos nos reformar. Só assim o nosso planeta será um lugar melhor. Precisamos aprender a construir a cultura da paz com nossas atitudes, em todos os campos da vida. A construção da cultura da paz pode e deve ser um processo onde os conflitos entre as pessoas serem tratados de maneira construtiva e não violenta. Isso seria uma nova postura: o diálogo.  E, temos de seguir os caminhos que já estão consolidados, sem abandonar outros que possam somar e acrescer. E o que esta consolidado: Educação para uma cultura de paz; Tolerância e solidariedade; Participação democrática; Fluxo de informações.; Desarmamento; Direitos humanos; Desenvolvimento sustentável e 
Igualdade de gêneros.

Temos de observar os descaminhos da cultura da paz – eles estão no campo ético. Sem ética nas relações humanas não encontraremos paz, nem  parcial, nem global. Vivemos um modelo de sociedade que privilegia o ser humano em detrimento  dos outros seres vivos. O homem subordinou a natureza a sua vontade, A sua ganância. Precisamos rever esse modelo. Está claro que não funcionou.

Assim, ainda temos vários desafios para que a cultura da paz seja uma realidade. A educação é a principal porta. O ser humano precisa conhecer o que o rodeia. Entender a sua participação no contexto. Diminuir a violência. Pois a violência persiste. Buscar alternativas para as aflições da humanidade. Observando-se o estado de  dignidade.

A Educação para a Paz tem de estar presente em todas as palavras, atitudes, todos os momentos e todos os dias. É um processo contínuo. E temos de usar como exempli as atitudes de solidariedade, de respeito e de aceitação. São as chaves para a paz. Para a paz universal.
E, as instituições, todas e quaisquer, tem o dever de fortalecer e esclarecer essas colocações.

E qual seria a forma de nos educarmos para a cultura da paz – precisamos seguir os bons valores de amizade, zelo, amor, disciplina, respeito, tolerância, responsabilidade, justiça, e, diálogo.

Hoje é o primeiro dia de um novo ano. Um ano que se inicia pleno. As coisas estão dentro de um invólucro. Ainda não sabemos como será.  Mas, temos de levar conosco o paradigma da complexidade. Reconhecer os traços singulares, originais, históricos dos fenômenos de cada situação que nos é apresentada.

Enfim, mais do que nunca precisamos praticar a harmonia  a que nos leva o  verbo PAZEAR.


*Delasnieve Daspet é Embaixadora Universal da Paz, Poeta, Advogada - 24.12.2020.

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