Moisés é pioneiro nesse ramo. Até a década de 90 trabalhava na antiga FUNCED e regia bandas - Crédito: DivulgaçãoFazer, como diz o ditado popular, “é preciso fazer do limão uma limonada”. É mais ou menos esse o papel dos estúdios de gravação de aúdio e que o maestro e multi-instrumentista desenvolve há trinta anos no seu estúdio, o Pro Mix. Nas contas do Moisés. Foram mais de 500 CDs gravados e cerca de 5.000 faixas musicais de todos os estilos.
Moisés é pioneiro nesse ramo. Até a década de 90 trabalhava na antiga FUNCED e regia bandas.No caso de gravações, levava os áudios para serem masterizados e mixados em Campo Grande. Aliás, o mundo dos estúdios tem um glossário de expressões muito próprias e que se tornam realidade através de centenas de botões de controle nas mesas de som. A do estúdio de Moisés é uma potente mesa digital com 256 canais, que possibilita a gravação separada de cada instrumento e depois a junção de todos para se obter o produto final, que é a musica pronta para ir para a prensa de gravação ou para as plataformas digitais. O advento da internet, seguindo Moisés, foi bom para seu trabalho: “hoje o pessoal está gravando em maior quantidade os streamings, que são MP3 com uma música só”, explica o maestro, que recebe músicas “puras” de compositores até através de aplicativos como o WhatsApp e as entrega prontas.
O Progresso foi ao estúdio de Moisés para saber um pouco mais desses trinta anos “dando verniz” a melodias puras, a ele entregues apenas com voz e violão. De posse desses áudios, começa a missão do maestro: fazer a mixagem, que é colocar os instrumentos (gravados ao vivo ou de forma eletrônica/sampleada) e depois a masterização, que adequar a altura de cada instrumento, para que tenham seus sons reproduzidos em altura milimetricamente igual.
Moisés leva uma vantagem em relação aos demais profissionais dos estúdios. Além, da mixagem e masterização, a condição de multi-instrumentista lhe favorece: “Se eu tivesse que pagar os músicos a atividade não sobreviveria. Como toco vários instrumentos esse é um custo a menos, exceto em casos específicos nos quais contrato outro musico”, ressaltou o maestro, cujas obras resultantes de horas ouvindo e decorando cada nota de musicas que lhe chegam já possibilitaram que duplas como Conrado e Aleksandro fossem aceitos para gravar na Sony e na Som Livre, as maiores gravadoras do país.
O resultado da habilidade de Moisés em manejar os botões da mesa de som já são ouvidos em estados como SP, SC, MT, RO, GO e PR. “Penso que além é preciso muito dom para saber que instrumento “casa” com outro na mesma música, qual instrumento deve se sobressair, modular a voz do intérprete e outros detalhes que fazem a diferença entre a música que chega no estúdio e a que é entregue na sua versão final”, resume Moisés, que, como já dito acima, além de maestro é arranjador e produtor musical.
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