Se os músicos e a classe artística em geral foram os primeiros a sentirem no bolso os efeitos da medidas restritivas adotadas pelas autoridades em todos os níveis para conter o avanço da pandemia do Coronavírus, um outro setor ligado diretamente a esse segmento viu despencar seus lucros: o de comércio de instrumentos e acessórios musicais.
A queda de receita por conta da proibição das apresentações ao vivo em bares e de realização de eventos foi potencializada pela proibição da realização de cultos e missas e pela proibição de funcionamento das escolas de música. “O impacto foi sentido logo na primeira semana de Pandemia”, afirmou a O Progresso o empresário Welinton Gomes.
Segundo Welinton a incerteza diante do futuro fez com que todos colocassem o “pé no freio”. “Tivemos que suspender pedidos, renegociar dívidas com fornecedores. Os músicos, por sua vez, param de comprar encordoamentos, baquetas, peles de bateria, palhetas, cabos, dedeiras e outros acessórios de seus violões, guitarras, baterias. As igrejas, por geralmente estarem sediadas em grandes espaço, são potenciais consumidores de equipamentos como caixas de som e microfones, por exemplo. Tudo parou”, detalha o empresário, que se declara otimista com o ritmo da vacinação e a natural flexibilização dos decretos estatuais e municipais.
“Graças a Deus já estamos todos se preparando para voltar à ativa. Os empresários repondo os estoques, os músicos preparando seus instrumentos, a igrejas revisando e ampliando a sonorização de suas sedes e assim por diante, em um efeito cascata positivo e que chega em um momento em que já estávamos todos no limite”, comemorou, referindo-se à vacinação que vai possibilitar a volta ao que já se chama de “novo normal”. “Estamos, como diz o ditado, vendo uma luz no fim do palco”, concluiu Welinton.