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Dia do poeta

“Eu acho que só a poesia, a arte, a educação e o amor é que salvam”, diz Emmanuel Marinho

Artista douradense reflete sobre o dia do poeta (20 de outubro)

20 Out 2020 - 17h51Por Gracindo Ramos
“Não é um dia de comemorar, é um dia para refletir”, diz o artista - Crédito: Foto: divulgação“Não é um dia de comemorar, é um dia para refletir”, diz o artista - Crédito: Foto: divulgação

Um dos expoentes da cultura de Dourados (MS), Emmanuel Marinho cita um trecho de Carlos Drummond de Andrade para falar do dia do poeta, comemorado no dia 20 de outubro: - “Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo”. Há mais de 40 anos realizando apresentações em todo o país e também no exterior, o artista conversou com O PROGRESSO e fez considerações sobre a data e sobre a pandemia.

“Eu encaminhei esse poema do Drummond porque eu acho muito pertinente para uma reflexão no dia do poeta. Eu faço das palavras dele as minhas, acrescentando que, como os poetas gostam dos bichos, das plantas, dos lugares, e ver nosso Pantanal pegando fogo - perdendo nossa riqueza de vida, biológica, das plantas, enfim de todo um ecossistema – e ver nossa Amazônia pegando fogo, tudo fruto da ganância dos homens, então não é um dia de comemorar, é um dia para refletir sobre tudo isso. Nós poetas também gostamos de gente, das pessoas. E ver o que está acontecendo em nosso país, com esse governo fascista, e a gente perceber que o povo está abandonado, desempregado, faminto, isso é muito triste. Eu que sou um poeta, assim, que gosta de gente, me sinto muito triste com isso”, reflete, emocionado, o poeta douradense.

Sobre a pandemia e os tempos atuais, Emmanuel Marinho falou sobre os efeitos desse ‘novo cotidiano’ nas amizades. “E nós poetas também gostamos e amamos os amigos. Conversar, bater papo, isso é um alimento valioso. E perdemos muitos amigos, porque foram construídos muros entre as pessoas”, diz o profissional da cultura. Ele cita a poesia como um dos meios para amenizar essas perdas e poder encontrar soluções para seguir adiante. “Eu acho que só a poesia, a arte, a educação e o amor é que salvam”, considerou o poeta que também faz apresentações de música, arte-educação e formação para educadores e estudantes.

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