O Bazar da Poesia, localizado na Rua Mato Grosso, reabriu as portas em Dourados. A reinauguração, na quinta-feira, contou com uma belíssima exposição de Sonia Giraldi Marinho. Este mais recente trabalho de mãe Sônia (como é carinhosamente chamada), composto de suas mandalas, que coroa seu extenso e produtivo trabalho artístico.
Com a proposta de valorizar a cultura regional, por meio de trocas e saberes, o Bazar da Poesia foi idealizado pelo poeta Emmanuel Marinho. Há 13 anos, ele criou o espaço para divulgar e comercializar a arte indígena, trabalhos de artesanatos da região, obras de artistas visuais de Mato Grosso do Sul, assim como obras literárias e outras histórias.
“Com o desmantelamento da cultura, ciência e educação no país, agravado com a chegada da pandemia, nos levou a fechar as portas do Bazar da Poesia. A Lei Aldir Blanc, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Dourados, trouxe um respiro para aqueles que vivem da arte e vimos no edital de 2021 a possibilidade de revitalizar esse espaço tão importante para a comunidade douradense, assim como para aqueles que visitam nossa cidade”, explicou Emmanuel Marinho.
A reinauguração do Bazar da Poesia contou com a exposição de Sonia Giraldi Marinho, mãe de Emmanuel. Este mais recente trabalho de mãe Sônia é composto de mandalas. Alia-se à eloquente simbologia das sementes, a simbologia da mandala (que significa “círculo”, em sânscrito, e cuja forma evoca harmonia). É o fluxo incessante de renascimento através dos mundos, o ciclo da vida que nunca termina.
Deste modo, mãe Sônia instaura-se, com este trabalho, como um ser atemporal. Em sua busca incessante (sempre à frente de seu tempo em cada tempo), ela nos ensina que, mesmo na espontânea semeadura da natureza é preciso estar atento, pois, embora pareça, “nada acontece por acaso”.
O Bazar de Poesia fica lozalizado à Rua Mato Grosso, 2072, jardim Caramuru, em Dourados.