Crédito: DivulgaçãoEm funcionamento desde abril deste ano, o Centro Municipal de Educação Especial Inclusiva (CMEEI) da Reme (Rede Municipal de Ensino de Campo Grande) realizou, na quinta-feira (5), a sua primeira Mostra Cultural, reunindo as produções e talentos dos alunos atendidos pela instituição.
Durante o evento, os alunos apresentaram desenhos em telas, textos, música, projetos de engenharia, além de trabalhos em confecção de máscaras e biscuit, exibindo as habilidades desenvolvidas ao longo do ano.
A programação incluiu uma apresentação especial da banda formada no CMEEI, composta por alunos que tocaram flauta, violão, pandeiro, bateria, meia-lua, afoxé, cajón e ukulelê, encantando o público presente.
Segundo a coordenadora do CMEEI, Tânia Maria Filiú de Souza, o evento marca a culminância das atividades realizadas em 2024. “Essa é a primeira mostra do nosso trabalho desenvolvido aqui. É uma oportunidade para que os alunos apresentem aos familiares e à comunidade escolar o que trabalharam no Centro e as habilidades que desenvolveram”, destacou.
Para o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, o CMEEI tem como objetivo potencializar o que é trabalhado nas escolas regulares. “Fico muito feliz e orgulhoso em ver que nossos alunos têm alcançado excelentes processos de ensino-aprendizagem. Nós, educadores, aprendemos mais com eles do que eles conosco. Campo Grande tem se destacado em diferentes áreas da educação, e a educação especial, apesar de ainda ser nova no Brasil, já vem apresentando resultados promissores. Nosso objetivo é, diariamente, descobrir e desenvolver os talentos dos nossos alunos”, afirmou.
O aluno Kalel Paiva, da Escola Municipal Padre José de Anchieta, está no CMEEI desde o início e destacou seu gosto pela escrita. “Eu escrevi um poema para apresentar sobre o Pantanal e o que está acontecendo atualmente. Gosto de escrever desde pequeno. Comecei a me interessar mais por volta dos oito anos, quando li a série inteira de Harry Potter. Depois disso, passei a me inspirar para escrever também”, contou.
Henrique Furtado, aluno do 1º ano da Escola Municipal Arlindo Lima, é deficiente visual e demonstrou interesse pela robótica. “Eu gosto muito de vir aqui e do projeto de robótica”, disse ele.
Giovana Brito, do 6º ano da Escola Municipal Agrícola Arnaldo Estevão de Figueiredo, está em processo de investigação para altas habilidades e ressaltou a importância do acolhimento que recebe no CMEEI. “Aqui descobrimos novos talentos e podemos nos tornar cientistas ou especialistas em diversas áreas. Hoje, vou apresentar um conto que escrevi. É uma experiência incrível”, afirmou.
A autônoma Akcely Moreira, mãe de Samuel, aluno da Escola Municipal Padre José Valentim, elogiou o trabalho desenvolvido pelo CMEEI. “O Centro é incrível. Meu filho adora as aulas, principalmente as de artes, que ele ama. Ele se adaptou muito bem, fez amizades e está muito feliz aqui. Tem sido maravilhoso”, disse.
Aimar Júnior, professor e pai de Arthur, aluno da Escola Municipal Geraldo Castelo, destacou a importância do CMEEI para a família. “O Centro tem dado ao meu filho várias oportunidades de explorar e mostrar suas habilidades, além de ser um ponto de apoio para nós, pais, aprendermos a lidar melhor com nossos filhos. É um espaço essencial para ele e para nossa família”, comentou.
Alan Santana, pai de Isis, aluna da Escola Municipal Vanderlei Rosa e também em processo de investigação para altas habilidades, reconheceu o acolhimento do CMEEI. “Minha filha se destaca muito em música e desenhou um quadro lindo. Aqui no Centro, eles fazem um trabalho incrível, com muita atenção e cuidado com cada aluno. É muito bom ver esse acolhimento”, afirmou.
A primeira Mostra Cultural do CMEEI não apenas revelou os talentos dos alunos, mas também reforçou o papel fundamental da educação inclusiva na descoberta e desenvolvimento de habilidades únicas. O evento emocionou familiares e educadores, reafirmando o compromisso da Reme com uma educação especial transformadora e de qualidade.
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