Morreu na sexta-feira (27) em Dourados, Geraldina Nunes Pael, aos 88 anos de idade. O corpo foi sepultado neste sábado, no Cemitério Santo Antônio de Pádua.
Dona Dina era esposa de Carlos Lopes Pael,que morreu há 14 anos. Carlos Pael foi gerente do jornal O Progresso durante vários anos. O casal teve cinco filhos: Leane, Carlos Deuslene (in memorian), Luiz Carlos, Tânia e Odilon (in memorina).
Dona Dina, que vinha enfrentando problemas de saúde há algum tempo, era filha do casal de pioneiros Tomazia Verão e Francisco Nunes Siqueira (era gaúcho, irmão do também pioneiro Osório Nunes Siqueira).
Esse casal teve seis filhos, todos nascidos em Dourados. Dona Dina foi a última a dar adeus. Os irmãos dela que partiram antes foram: Cecília, Diamantina, Alcides, Valdomiro e Lídio (pai do jornalista Vander Verão).
Saga
A família Verão chegou em Dourados em 1908, ainda com o sobrenome argentino de Veron. O patriarca, Miguel Veron, nasceu em 1872, em Rosário. Ele casou-se com Geralda Pereira Veron, em 1888, com apenas 16 anos de idade. Sua esposa era também argentina de descendência portuguesa.
Ainda na Argentina, o casal teve 12 filhos, sendo que o primeiro, Silvano, foi adotado. Depois vieram: Rufino, Gregório, André, Mamede, Tito, Tomaz, Tomazia, Maria, Romualda, Silidôneo e Cirilo.
Após gerar sua família, na Argentina, Miguel Veron, resolveu vir para o Rio Grande do Sul, chegando em 1900, onde, após conflitos civis, resolveu buscar a sorte no Mato Grosso. Veio com sua esposa e 12 filhos, para a região de Dourados, desembarcando aqui, de carretas, no ano de 1.908.
Dos seus 12 filhos, Silvano foi para a região de Campo Grande e Camapuã. Rufino, resolveu ir para Ponta Porã. Gregório instalou-se na Cabeceira do Apa, atual município de Antonio João. Os outros nove filhos permaneceram em Dourados.
Ao chegar aqui, Miguel Veron trabalhou em atividades agropecuárias, na fazenda Alecrim, de propriedade de João Vicente Ferreira, que foi o lº prefeito de Dourados. Após alguns anos, ele conseguiu reunir uma certa economia e adquiriu uma chácara, na antiga estrada Dourados/Itaporã que, depois, foi propriedade de Valdeci Carbonari. Foi nesta chácara, onde trabalhou em atividades agropecuárias por vários anos, que Miguel Veron morreu, aos 50 anos de idade, depois de 14 anos vivendo nesta região.
A família Veron, já com o sobrenome Verão, continua, em grande parte, residindo em Dourados. E neste sábado foi sepultado o corpo de minha tia, a Tia Dia, mãe do também jornalista Luiz Carlos Pael e das minhas primas Leane e Tânia.