Crédito: Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoFauna e flora sendo destruídas pelo fogo. Ribeirinhos perdendo casas. Outros, se viram como pode para fugir do calor. Vento que leva focos a todos os cantos. Bombeiros e brigadistas correndo para controlar a situação. Enquanto isso, na área urbana de Corumbá e Ladário, fumaça e fuligem. Esse é cenário no Pantanal de Mato Grosso do Sul nos últimos dias.
Um verdadeiro 'mar de cinzas' que pode ser comprovado com números. Segundo o Ibama, com base nos últimos dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em todo o bioma já foram queimados 1.313.825 hectares.
Só na área de Mato Grosso do Sul já foram destruídos 965.150 hectares. Quase três vezes mais do que no Mato Grosso: 347.850 hectares. Mais da metade dos focos de incêndio em todo o Pantanal, 52%, foram neste mês de setembro. Número que ribeirinhos e moradores da cidade 'sentem na pele'.
Os ribeirinhos porque precisam se desdobrar em cuidados para não ter as casas atingidas pelo fogo. E neste mês, ao menos duas famílias perderam o lugar que tinham para morar e foram, no primeiro momento, para casa de parentes.
Bem perto de uma dessas casas perdidas para o fogo há uma escola pública que teve o 'quintal' tomado por fumaça. E quando não é a fumaça, é a fuligem. Ambas prejudicam a respiração e levam sujeira aos ambientes.
Para quem mora na área urbana o fogo que se vê de longe assusta. A fumaça dificulta a visibilidade e prejudica os olhos e a respiração. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, do fim de semana pra cá aumento em 20% a procura por atendimento de médico de pessoas relatando problemas respiratórios. O aeroporto internacional opera por instrumentos.
A estiagem, os ventos fortes, o material do solo e o difícil acesso dificultam o combate e fazem as chamas se espalharem mais rapidamente. São várias regiões em situação preocupante. Na última, na Morraria do Urucum, o fogo se alastrou nessa terça-feira (28). Lá existem antenas de transmissões e o terreno é íngreme. Militares atuam para que o incêndio não chegue ao topo.
Na região conhecida como Jatobazinho, o fogo voltou com força, preocupando os ribeirinhos. Na fazenda Santa Tereza, sul da Serra do Amolar, brigadistas do Ibama tentam controlar os focos e um helicóptero ajuda no transporte dos combatentes.
O incêndio no Porto Esperança, a 80 quilômetros da área urbana de Corumbá, também preocupa. A situação por lá piorou e foi preciso reforçar as equipes que tentam o controle.
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