Neste 7 de setembro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional do Ar Limpo para Céus Azuis fazendo um pedido por mais investimentos por um planeta mais saudável para todos.
Em mensagem, o secretário-geral, António Guterres, enfatiza que 99% da humanidade respira ar poluído. A situação causa cerca de 8 milhões de mortes prematuras anuais, incluindo mais de 700 mil crianças menores de cinco anos.
Economias asfixiadas
O líder das Nações Unidas indica efeitos negativos do ar poluído como economias asfixiadas em custos. A questão impacta ao mais frágeis, como mulheres crianças e idosos. Para ele, a poluição é “um assassino silencioso que pode ser interrompido”.
Entre ações de investimento no ar limpo, ele cita o papel de governos e empresas para eliminar de forma gradual os combustíveis fósseis, reforçar o controle e padrões de qualidade do ar além de impulsionar a energia renovável.
Custo da poluição do ar por ano é de US$ 8,1 trilhões - Foto: Unsplash/Andreas Chu
Guterres pediu ainda a transição para uma solução de cozinha mais limpa, transporte sustentável e sistemas de gerenciamento de resíduos sustentáveis, acompanhando novas cadeias de suprimentos e redução das emissões de gases prejudiciais, incluindo o metano.
De acordo com uma estimativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, o custo da poluição do ar por ano é de US$ 8,1 trilhões. O total corresponde a cerca de 6,1% do Produto Interno Bruto global.
Saúde pública, economia e meio ambiente
O impacto do problema derivado de várias fontes “atravessa fronteiras, prejudicando a saúde pública, a economia e o meio ambiente e afeta desproporcionalmente os marginalizados, incluindo mulheres, crianças e idosos.”
Na quinta celebração anual da data, a agência promove a campanha Invista no Ar Limpo Agora, realçando a urgência de se considerar o ar limpo como um bem essencial. A medida deverá impulsionar o desenvolvimento socioeconômico.
ONU lembra às autoridades seu dever de reforçar o controle e fortalecer padrões de qualidade do ar - Foto: Unsplash/Luca Baggio
Estima-se que o custo da inércia para a economia global chegue a US$ 2,6 trilhões por ano até 2060. O valor é atribuído ao aumento dos custos com saúde, perdas ambientais, redução da produtividade do trabalho e mortes prematuras.
Saúde pública, ecossistemas, clima e economia
Para assinalar o Dia Internacional do Ar Limpo para Céus Azuis, a Comissão da ONU para a Europa, Unece, disse que a carga da poluição do ar é enorme para a saúde pública, ecossistemas, clima e economia.
Na data, a entidade regional celebra a cooperação entre as Partes da Convenção da Poluição Atmosférica Transfronteiriça de Longo Alcance, ou a Convenção do Ar.
Entre os resultados notáveis desse tratado estão “reduções significativas” de emissões de 50 a 80% desde 1990 na região pan-europeia e América do Norte. A medida permitiu acrescentar um ano de expectativa de vida e salvar 600 pessoas.