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Fala de Eduardo Moreira sobre Dourados gera repúdio; Economista se defende

21 Mai 2021 - 17h39Por Valéria Araújo
Fala de Eduardo Moreira sobre Dourados gera repúdio; Economista se defende   -

A entrevista do economista Eduardo Moreira, coordenador do projeto "Brasil de Verdade",  à jornalista Leda Nagle, gerou onda de protestos nas redes sociais. O especialista disse que passou sete dias no município e que viu uma realidade em que "as pessoas comem restos de comida, moram em lugares que não tem água, sem rede esgoto e sem rede elétrica. Dormem uma hora por noite com medo de serem mortas pelas milícias".

A fala de forma generalizada causou estranheza por parte da população e muitas manifestações contrárias a declaração tomaram conta das redes sociais. A repercussão chamou a atenção do economista que gravou novo vídeo dizendo que se referia a comunidade indígena. 

A entrevista completa está no link: 

 

Em suas redes sociais, Eduardo Moreira, disse que foi vítima ataques devido ao que chamou de "guerra de narrativas". Ele ressaltou que se referia a comunidade indígena e exibiu uma reportagem do Fantástico feita um mês após a visita dele em Dourados e que reforça a fala inicial sobre o conflito entre índios e fazendeiros. 

 

 

Manifesto das autoridades: 

Em Nota, o prefeito Alan Guedes se manifestou diz que acompanhou o vídeo com perplexidade: 

À fala de Eduardo Moreira

A população de Dourados e eu estamos acompanhando com perplexidade o vídeo do empresário Eduardo Moreira, coordenador do projeto “Brasil de Verdade”, em entrevista à jornalista Leda Nagle.

O empresário afirma, de forma generalizada e fora de contexto, que “em Dourados, as pessoas
comem restos de comida, moram em lugares que não tem água, sem rede esgoto e sem rede elétrica. Dormem uma hora por noite com medo de serem mortas pelas milícias”.

Como douradense e apaixonado pela minha cidade confesso que dói ver comentários como esses. A fala do empresário é carregada de preconceito e recheada de falta de informação, principalmente àqueles que vivem em outras regiões do país e que não conhecem as belezas e riquezas de Dourados.

Temos 225 mil moradores, gente de trabalho, que luta, dia após dia, para construir um cidade melhor. Temos uma cultura maravilhosa, influenciada pelos colonizadores, irmãos paraguaios e nosso povo indígena.

Nossa economia cresce em ritmo acelerado e é destaque na agricultura, na pecuária, comércio e serviços. Somos referência e parceiros de habitantes de uma região com quase 1 milhão de pessoas.

Temos problemas? Sim, temos problemas como qualquer cidade brasileira. Estamos longe desse cenário desenhado pelo senhor Eduardo, que de forma infeliz, retratou um cenário totalmente fora de realidade.

Por isso, caro Eduardo, sugiro que venha visitar Dourados novamente, pois essa cidade que você citou, se um dia existiu, te garanto, não existe mais.

Alan Guedes
cidadão douradense e prefeito

 

Na Câmara de vereadores o presidente também enviou nota de repúdio: 

A Câmara Municipal de Dourados repudia as declarações preconceituosas contra a população de Dourados desferidas pelo coordenador do projeto “Brasil de Verdade”, Eduardo Moreira, durante entrevista à jornalista Leda Nagle, no You Tube. Na ocasião, o empresário afirma que “Em Dourados, as pessoas comem restos de comida, moram em lugares que não tem água, sem rede esgoto e sem rede elétrica. Dormem uma hora por noite com medo de serem mortas pelas milícias”.

Na condição de representante do cidadão douradense, a Câmara de Dourados classifica como inaceitáveis as considerações e repudia qualquer manifestação preconceituosa, ofensiva e infundada que promova a desvalorização da sociedade douradense.

As declarações do coordenador do projeto “Brasil de Verdade” não refletem a realidade vivida em Dourados, que tem como principais características a força do trabalho e a capacidade de produção, se colocando como um importante polo agropecuário, universitário e de prestação de serviços da região Centro-Oeste.

A potencialidade de Dourados e de sua gente escancara um cenário totalmente diferente ao apresentado pelo empresário ao longo da entrevista, onde demonstra total desconhecimento da realidade vivida no município em declarações discriminatórias, preconceituosas e irreais.

Laudir Munaretto

Presidente da Câmara Municipal de Dourados

 

ALMS

O deputado estadual Marçal Filho disse que as palavras do economista "foram ofensivas, grosseiras e levianas, pois não refletem a realidade dos mais de 225 mil habitantes que vivem na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul".

"É um município acolhedor que tem como uma de suas principais características a força de trabalho e a produção de alimentos. Uma cidade em que economia tem como destaque a agricultura, a pecuária e a indústria de alimentos, o que escancara um cenário completamente contrário ao descrito pelo empresário em suas declarações claramente discriminatórias", reiterou Marçal Filho, que fará nota de repúdio ao economista pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

 

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