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Entidades não vencem resgatar animais abandonados nas ruas de Dourados

De acordo com o Refúgio dos Bichos, a entidade consegue resgatar entre 20 a 30 animais por mês, e esse número vem crescendo por causa do aumento do abandono de animais domésticos

22 Abr 2022 - 09h00Por Marli Lange, especial para O Progresso
Equipe do Refugio dos Bichos incentivando as adoções - Crédito: DivulgaçãoEquipe do Refugio dos Bichos incentivando as adoções - Crédito: Divulgação

A população de animais domésticos abandonados nas ruas de Dourados cresceu absurdamente durante a pandemia, tanto que as entidades de proteção não estão conseguindo vencer a demanda. Durante a pandemia o abandono de cães e gatos nas ruas cresceu pelo menos 70% devido a crise financeira que descapitalizou as famílias e aumentou o preço da ração, remédios e vacinas. Só a ração, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), teve alta entre 25% e 30% em 2021 a depender de espécie e marca, com isso muitos tutores acabam abandonando o animal na rua. 

De acordo com a Associação Protetora dos Animais Refúgio dos Bichos, a entidade consegue resgatar entre 20 a 30 animais por mês, e esse número vem crescendo por causa do aumento do abandono de animais domésticos. Abandonados nas ruas os animais têm dificuldades para encontrar alimento e abrigo e estão sujeitos a brigas, atropelamentos e maus-tratos, e contraem doenças.

A maioria dos animais resgatados já estão doentes e com isso necessitam de tratamento, quando não hospitalizados. É nesta hora que surgem as dificuldades porque os recursos são escassos para manter o tratamento dos animais. Graças uma parceria entre hospital e entidade, se consegue manter o tratamento para determinado número de animais. Mais que isso ficam limitados os trabalhos de resgates, o que torna difícil porque outras entidades protetoras de animais também já estão trabalhando no limite, e também dependem de recursos financeiros para manterem os tratamentos.

A maioria dos animais é resgatado através de denúncias e com a saúde bastante debilitada. “Durante a pandemia, o número de animais abandonados cresceu muito, principalmente os gatos. Existem pessoas que tiveram renda reduzida e não pensaram duas vezes para abandonar o animal à própria sorte, já que se tornou um fardo ter que sustentar. E quando fica doente, deixa morrer”, destaca a vice-presidente da associação, Marcia Maria Ramos.  

No momento do resgate, muitos animais estão bastante debilitados, além de desnutridos. Normalmente apresentam doenças como cinomose, parvovirose, sarna e leishmaniose, além de fungos, vermes e até doenças venéreas. Depois de resgatado e tratado, o animal é liberado para adoção.

Outra grande preocupação da entidade é quanto ao aumento na população de animais, já que boa parte não é castrada e fica nas ruas se reproduzindo de forma descontrolada. Os gatos são abandonados em maior número nas ruas. Acontece casos da entidade receber denúncias de “ninhadas” de filhotes de gatos abandonados. A pessoa, muitas vezes, tem uma gata e quando o animal tem filhotes, resolve abandonar os recém nascidos nas ruas, terrenos baldios, construções, num total descaso.

É crime
Recentemente uma alteração na lei federal de 1998 aumentou a pena para até cinco anos de detenção para crimes de maus-tratos a cães e gatos. A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12.02.1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pela Constituição Federal Brasileira, de 05 de outubro de 1988.
É possível denunciar também ao órgão público competente para o setor que responde aos trabalhos de vigilância sanitária, zoonoses ou meio ambiente.

Doações
A Associação Refúgio dos Bichos depende de doações para manter os atendimentos, e principalmente para custear os tratamentos hospitalares. Além das mensalidades dos associados, a entidade faz promoções para ajudar a manter o trabalho de resgate.

Quem estiver interessado em contribuir pode depositar qualquer valor na conta 37.466-1, agência 0903, do Sicredi ou no Banco do Brasil, agência 0391- conta 111.122-1, ou passar um pix para o CNPJ 20.845.276/0001-88. Contato no telefone (67) 99905-3081.

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