Setor da tecnologia vem exigindo atualização constante - Crédito: DivulgaçãoEm um mercado de trabalho cada vez mais concorrido e com milhões de desempregados, empresas estão contratando profissionais sem a necessidade de formação superior. Porém, há a necessidade do conhecimento técnico e a vontade de estar sempre atualizado.
De acordo com uma publicação da revista Exame, o setor com maior demanda sem a necessidade de nível superior é o da tecnologia. E a explicação é bem simples. Segundo a publicação, o ensino nas faculdades, muitas vezes, não equivale ao que é exigido no dia a dia devido as constantes mudanças na área.
“As universidades não estão conseguindo acompanhar a velocidade de atualização de conhecimento necessária para essas empresas”, afirma Maria Luíza Nascimento, diretora de recursos humanos da consultoria Randstad em entrevista para a Exame.
Dentro desse grupo de profissionais sem a necessidade do diploma estão: programação, designer digital, gerente de produto, profissionais de vendas e de marketing.
Ainda segundo a revista, várias empresas já estão com cerca de 30% do quadro de profissionais sem formação superior. “Estamos à procura de talentos que saibam aprender rapidamente e por conta própria. É importante trabalhar com velocidade em um ambiente dinâmico”, diz Luciana Carvalho, diretora de gente do grupo Movile.
A Exame, no entanto, alerta que em outros setores, como advogados, contadores e profissionais da saúde, seguem necessitando do nível superior para conseguir se enquadrar no mercado de trabalho.
A publicação também lembra que a dispensa do diploma não facilita a conquista de uma oportunidade e a conclusão de uma faculdade pode ser um diferencial para concorrentes que tenham conhecimento na área. “As empresas que não exigem diploma não estão abrindo mão do estudo, muito pelo contrário. Elas contratam os profissionais que, mesmo sem a formação formal, têm conhecimento técnico aprimorado”, diz Roberto Picino, diretor executivo da Michael Page, consultoria especializada em recrutamento e seleção.
A Exame ainda cita o exemplo do desenvolvedor Bruno Azisaka, de 31 anos. Ele aprendeu a programar por conta própria, aos 15 anos de idade, usando como referência materiais da internet e livros importados.
“Devo ter lido uns 40 livros técnicos sobre programação e teorias da computação entre os meus 15 e 18 anos”, diz o desenvolvedor, que gostava de passar as férias escolares estudando.
“Na adolescência, optou por um ensino técnico na área de processamento de dados. Como costumava desenvolver software livre, um de seus códigos foi descoberto por uma startup americana, que o contratou para trabalhar de forma remota em 2009”, contou a revista. Atualmente, ele é diretor de tecnologia da Agendor, uma plataforma de gestão comercial com sede em São Paulo.
Uma dica para profissionais que estão iniciando a carreira e ainda estudando é para buscar sempre o conhecimento técnico. “Hoje valorizamos muito os profissionais autodidatas, as formações informais, os cursos técnicos e a participação em eventos da área”, afirmou Simony Fernanda, gerente de gente e gestão da Locaweb.
Para ler a reportagem completa da revista basta acessar clicando aqui
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