O número de registros de recém-nascidos na cidade de Dourados vem apresentando queda nos últimos anos. Em 2020 e no ano passado a natalidade no município apresentou baixa com relação ao ano de 2019. O primeiro quadrimestre de 2022 também apresenta menor projeção para nascimentos registrados pelos cartórios douradenses no ano, em comparação com a média histórica.
Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil, que reúne os números dos cartórios de todo o país, que são atualizados em tempo real. As estatísticas dos registros têm início em 2015, quando foram contabilizados 5.534 nascimentos em Dourados; no ano de 2016 foram 5.482 recém-nascidos registrados; já em 2017 foi registrado a maior taxa de natalidade da média histórica, com 5.666 certidões; e no ano de 2018 os cartórios de Dourados registraram 5.390 bebês.
O ano de 2019 ainda se manteve na média, com 5.209 registros de nascidos vivos. No entanto, em 2020 teve início o declínio na taxa de natalidade, com o registro de 4.634 nascimentos, a primeira vez desde 2015 em que os dados anuais ficaram abaixo dos 5 mil. Essa queda representa 11,03% a menos nascimentos de bebês em Dourados.
Em 2021 o percentual de diferença para o ano de 2019 ainda se manteve em baixa, desta vez de 7,87%, sendo contabilizadas 4.799 novas certidões. Os números da natalidade em Dourados continuam declinando, já que o primeiro quadrimestre registrou 1.584 nascimentos. Em se mantendo essa média até o final do ano, os números totais também não ultrapassariam 5 mil nascimentos, e se manteria assim a tendência de queda nas natalidades pelo terceiro ano consecutivo. Comparado ao primeiro quadrimestre de 2019, representa um percentual 11.31% menor.
Especialistas têm notado essas mudanças e as associam com algumas hipóteses, como a independência financeira cada vez maior das mulheres, com ascensão profissional e econômica, fazendo com que adiem a maternidade; e o planejamento adotado pelas famílias nos últimos anos com menos filhos e redução da média de nascimentos.
Em março, O PROGRESSO mostrou que o número de certidões de nascimento com “pai ausente” disparou. Em dois anos de pandemia (2020/2021), o número de crianças registradas sem o nome do pai cresceu 42%. Foram 435 registros sem pai somente no período entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021.