
A alta da Covid-19 tem pressionado o sistema funerário em todo o País. Em Dourados, mesmo antes da pandemia a falta de vagas nos cemitérios municipais já era um problema crônico. O município, desde 2018, não pode fazer a abertura de novas covas, ou seja, o sepultamento ocorre em espaços que já existem seguindo critérios previstos na legislação ambiental.
De acordo com o secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Dourados, Romualdo Diniz Salgado Júnior, apesar da falta de espaço e da alta de mortes, a pandemia não deve colapsar o sistema. “Eu não creio que Dourados possa ter grandes problemas funerários por conta do Covid-19. Na verdade já tínhamos um problema de espaço, tanto nos cemitérios particulares como nos municipais e já vínhamos nos preparando. A pandemia, na verdade, acabou acelerando um processo que já vinha sendo discutido”, explica.
Por outro lado, ele destaca que a maior demanda de sepultamentos hoje está na rede particular, restando ao município cerca de 30% dos enterros. “Dentro do total de mortes, se ocorreram 500 mortes por Covid, cerca de 150 foram nos cemitérios municipais apenas”, explica, lembrando que a taxa média diária de sepultamentos é de 1.9.
Novos cemitérios
Romualdo acredita no controle da doença mas anuncia novos espaços para sepultamentos. “A tendência dos meses de julho e agosto é diminuir as mortes por causa das medidas adotadas de prevenção do contágio da doença. Mas a cidade, independente da questão da Covid-19 tem um problema crônico com relação a cemitérios tanto particular como municipal e por essa razão estamos estudando a criação de um crematório municipal, além da construção de novos cemitérios horizontal e vertical. O projeto está em andamento e será retirado do papel no ano eu vem. As empresas também já têm pedidos de novas áreas”, explica.
Capitais brasileiras
O sistema funerário tem sentido a pressão em ao menos quatro capitais. Uma pesquisa feita pela CNN consultou prefeituras de seis capitais, de diferentes regiões, de Estados com mais de 80%de taxa de ocupação dos leitos de UTI: São Paulo, Porto Alegre, Porto Velho, Campo Grande, Salvador e Rio de Janeiro.
A capital do Mato Grosso do Sul também tem sentido o impacto do aumento de mortes no sistema funerário. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), em 2020, o número de sepultamentos na capital ficou em 1.400, sendo 959 em cemitérios privados e 441 sepultamentos sociais (de pessoas carentes). Considerando apenas os enterros de pessoas carentes houve aumento de 59% (em 2019, foram 277).
Em 2021, nos meses de janeiro e fevereiro, foram 172 sepultamentos privados e 67 sociais. Segundo projeção da secretaria, a cidade pode atingir 1.434 enterros (entre sociais e privados) até o final deste ano.
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