
Japão e Brasil têm hoje, dia 18 de junho, motivos em comum para celebrarem. A data marca o Dia da Imigração Japonesa no Brasil e se tornou um elo entre as nações. Foi em 18 de junho de 1908 - há 114 anos - que o Brasil começou a receber imigrantes japoneses para trabalharem nas lavouras de café, no estado de São Paulo.
De lá para cá, a comunidade nipônica cresceu. Para se ter uma ideia, dados da Embaixada do Japão no Brasil estimam que aproximadamente 2 milhões de japoneses e descendentes, a maior população de origem japonesa fora do Japão, vivam no Brasil. Os números também mostram a quantidade de nativos japoneses no país verde e amarelo: o Censo do IBGE de 2010 aponta que quase 50 mil japoneses residiam no Brasil. Este dado representava 11,4% do total de estrangeiros que moravam no país.
A influência da nação nipônica em torno do país tropical se perpetuou e está refletida ainda hoje nas tradições, sabores e saberes do Brasil. Das artes marciais a religião, dos chás e sushis aos mangás (as famosas histórias em quadrinhos japonesas) o Brasil é marcado por essa cultura que influencia vários setores da economia, inclusive o turismo.
“Estas cidades mantiveram vivas as tradições de seu povo e, por isso, nós temos nesses destinos turísticos uma pulsante cultura nipônica que conserva a histórica relação entre os nossos povos e atrai milhares de turistas anualmente”, ressalta o ministro do Turismo, Carlos Brito.
Exemplo disso é a cidade de São Paulo (SP), que conta com a maior comunidade japonesa do Brasil. Basta adentrar o bairro da Liberdade para se sentir no Japão, pois, por lá, as fachadas são escritas com ideogramas e a arquitetura é tradicionalmente oriental. O bairro é conhecido por receber turistas de todo o mundo, apaixonados pela cultura e tradição orientais. A Feira da Liberdade reúne, aos finais de semana, elementos típicos da cultura japonesa, com destaque para a gastronomia.
Outro local que mantém vivas as tradições do Japão é a cidade de Assaí, no Paraná. O município possui a maior concentração, que começou em 1930, de nipo-brasileiros do estado. A população, miscigenada entre brasileiros e japoneses, realiza os eventos da cidade, como O Bon Odori e o Tanabata, perpetuando a cultura oriental existente no dia a dia. O sistema de produção de frutas e o espaço agrícola também são realizados com técnicas japonesas.
O município de Ivoti, no Rio Grande do Sul, é um pedacinho do Japão no Brasil. Em 1996, os dirigentes da cidade destinaram terras para serem ocupadas por 26 famílias de imigrantes, formando a colônia japonesa produtora de uvas, kiwi, hortaliças e flores. A colônia cresceu e hoje é responsável por realizar festas culturais, como a Feira da Colônia Japonesa, a gincana esportiva Undo Kai e o evento Enguei Kai. O turista que visita Ivoti tem a oportunidade de conhecer o Memorial da Colônia Japonesa, com relíquias e artefatos que contam a história e conquistas japonesas no estado.
Já no Norte de Brasil está Tomé-Açu, no Pará. Os primeiros imigrantes japoneses chegaram no município em 1926, quando um grupo de cientistas do país asiático foram ao estado para localizar áreas nas quais pudessem ser instaladas colônias agrícolas e, a partir delas, dinamizar a economia com práticas modernas de cultivo. Em 1929, a Companhia Nipônica de Plantação do Brasil comprou terras paraenses e 189 japoneses iniciaram uma nova jornada naquela região. A cidade foi presenteada com o trabalho dos imigrantes e ganhou o título de maior produtora brasileira de pimenta-do-reino.
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