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Simone Tebet defende industrialização

03 Jan 2011 - 18h00
Simone discursa durante cerimônia de posse no cargo de vice-governadora
 - Crédito: Foto: Rachid WaquedSimone discursa durante cerimônia de posse no cargo de vice-governadora - Crédito: Foto: Rachid Waqued
CAMPO GRANDE – Simone Tebet foi empossada no último sábado (1º) a primeira mulher eleita vice-governadora de Mato Grosso do Sul. Durante solenidade de Posse dos Secretários Estaduais, a ex-prefeita de Três Lagoas destacou a questão de gênero, mostrou disposição para auxiliar a segunda gestão de André Puccinelli e os esforços que serão feitos para garantir um Estado forte, que ofereça qualidade de vida a todos os sul-mato-grossenses.

“Seja no desenvolvimento econômico, seja no desenvolvimento social, principalmente em um Estado com a dimensão que tem, com dois terços do Pantanal, áreas ecológicas a preservar, duas bacias como o rio Paraná – Paraguai, enfim, o desenvolvimento sustentável é o grande desafio. Como crescer garantindo a qualidade de vida e do meio ambiente, sem dúvida nenhuma é a grande questão que teremos de lidar”, disse Simone Tebet.

No que diz respeito a ser a primeira vice-governadora mulher, há uma grande responsabilidade, acredita Simone. “Primeiro por que em respeito às mulheres sul-mato-grossenses eu não tenho direito de errar, por que eu vou estar expondo a mulher e eu quero fazer isso da melhor forma possível.

Quero que todo o Estado, como todo o Brasil, saiba que nós mulheres somos tão capazes, tão preparadas e tão prontas para, unindo forças com todos os homens públicos, fazer deste um grande País e de Mato Grosso do Sul o Estado de nossos sonhos”, espera Simone.

Após a aprovação na administração a frente da prefeitura de Três Lagoas, Simone reconhece que a participação feminina na política significa uma conquista, onde a sensibilidade é a maior contribuição. “Graças a Deus nosso momento chegou. Mas não gosto muito de fazer a distinção de gênero.

O governador, embora seja homem, administra para homens e mulheres igualmente, e uma vice-governadora mulher precisa olhar da mesma forma. Mas claro que a mulher tendo pelo menos 30% de espaço na vida pública, traz consigo algo que os homens não têm, que é o coração de mãe, que tem um amor incondicional por tudo, não só pelos filhos, mas pelo mundo. Essa sensibilidade de mãe, mais do que de mulher, é fundamental numa gestão pública”, revela.

Em um discurso emocionado em que lembrou do pai, o ex-senador Ramez Tebet, falecido em 2006, Simone demonstrou seu entusiasmo com a política e a vontade em aprender com as dificuldades do ofício. “Não acredito necessariamente que Deus escolhe as pessoas capazes, acho que Ele capacita em seu devido tempo as pessoas. E é isso que eu vou fazer: aprender. Com este aprendizado, vou ajudar em todos os setores, tanto os que conheço melhor como também naqueles que ainda não domino por completo”, ressalta.

#####Próximos quatro anos

Simone acredita no preparo do governador para o que ainda precisa ser feito, sobretudo com o apoio do secretariado. “Esse será um governo muito mais maduro, com um corpo técnico, que é muito importante ressaltar que o governador escolheu pela competência. Por isso, tenho a certeza do sucesso desse governo, porque sei que as pessoas que estarão comandando as respectivas pastas são preparadas e competentes, compromissadas com a população”, avalia.

#####Experiência

Ex-prefeita de uma cidade referência em industrialização, Simone reconhece que oportunidades precisam ser criadas nos chamados grandes vazios territoriais. “Se nós pegarmos o norte, temos milhares de hectares de áreas improdutivas, não por incompetência do homem do campo, do produtor rural, mas porque ele não tem logística, não tem infraestrutura”.

A vice-governadora destaca que no primeiro mandato Puccinelli se pautou por dois projetos estratégicos. “A auto-suficiência energética, com os linhões de energia, que atraem indústrias para essas regiões distantes e devem preencher os vazios territoriais, além do segundo ponto, que são os projetos estratégicos na área de transporte, com mais de 800 quilômetros de pavimentação, investimentos no setor ferroviário e em aeroportos. Com isso, foi possível iniciar a integração e aproximar nossos municípios das áreas mais ricas e, principalmente, da área central”.

Com essas duas vertentes de investimentos e através do zoneamento ecológico que mapeou o Estado, permitindo que se conhecesse efetivamente Mato Grosso do Sul, Simone espera uma diversificação econômica consciente, que respeita potencialidades, condições e particularidades de cada região. “Turismo ecológico no Pantanal, indústrias alimentícias e usinas de álcool na região da Grande Dourados, exploração dos municípios menos favorecidos dando incentivos diferenciados para o setor de confecção, por exemplo”, destaca
A importância do setor primário não é esquecida pela vice-governadora.

“O agronegócio sempre nos sustentou e continua nos sustentando, especialmente lembrando que nos próximos cinco ou dez anos por esses efeitos climáticos, a questão da falta de alimentos no mundo pode fazer com que os olhos do mundo se voltem para nossa região e, aí sim, seremos o celeiro do mundo. Portanto, não nos esquecemos do agronegócio jamais, mas para um Mato Grosso do sul forte, nós precisamos industrializá-lo. Porque é o setor secundário que gira a máquina da economia”, frisa.

Ela acrescenta ainda que a cada emprego gerado na indústria, muitas vezes três indiretos são criados no comércio. “A industrialização aliada a qualificação de mão-de-obra é a redenção de Mato Grosso do Sul, para que possamos alcançar nosso objetivo principal que é o desenvolvimento social e qualidade de vida para todos os sul-mato-grossenses”, completa.

#####Carreira política

Simone Nassar Tebet nasceu em Três Lagoas. Advogada - formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com especialização em Ciência do Direito pela Escola Superior de Magistratura e mestrado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) - foi professora universitária.

Foi eleita deputada estadual em 2.002. Primeira mulher eleita para a prefeitura de Três Lagoas. Foi consultora técnica jurídica da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e diretora técnica legislativa.

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