Para promover o debate sobre uma gestão mais eficiente da arborização urbana, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, realizou, na última sexta-feira (8), o Seminário sobre Mudanças Climáticas e a Gestão de Queda de Árvores. O evento aconteceu no Centro de Educação Ambiental (CEA) Polonês e contou com a presença de especialistas e gestores municipais.
A arborização urbana é considerada uma infraestrutura essencial que oferece mais de 20 serviços ecossistêmicos aos moradores das cidades. No entanto, para que seus benefícios sejam plenamente aproveitados, é crucial uma gestão eficiente que minimize os riscos associados, como a queda de árvores em decorrência de eventos climáticos extremos. Nesse contexto, o seminário destacou a importância de uma gestão estratégica da arborização para tornar as cidades mais sustentáveis e seguras.
Com o início da estação chuvosa, a questão da arborização e dos riscos climáticos se torna ainda mais urgente, especialmente diante do aumento de eventos climáticos extremos intensificados pelas mudanças climáticas. É essencial, portanto, que as cidades se preparem com ações preventivas e respostas rápidas para reduzir ao máximo a interrupção de serviços essenciais à população.
Atendendo a essa demanda, a Prefeitura de Campo Grande implantou neste ano o sistema digital Arbolink para a gestão da arborização urbana e está em fase de contratação de um sistema de monitoramento climático, além de implementar o Comitê Municipal de Enfrentamento às Mudanças Climáticas (COMEC).
No seminário, o Dr. Sérgio Brazolin, mestre e doutor em recursos florestais e pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), palestrou sobre a importância de respostas governamentais rápidas e eficazes diante das mudanças climáticas. “Estamos em um contexto muito sério. Não se trata apenas de mudanças climáticas; estamos enfrentando uma emergência climática. Diante dessas situações extremas e imprevisíveis, é fundamental que as cidades adotem ações preventivas e tenham planos de emergência, incluindo cuidados com as árvores ao longo do ano e um plano de contingência para o período das chuvas.”
O pesquisador também parabenizou a iniciativa da Prefeitura de Campo Grande. “Campo Grande vive um momento especial, pois a Prefeitura está em vias de contratar um serviço de monitoramento para toda a cidade, algo que não existe em nenhum outro
lugar. E com esses dados em mãos, será possível prever quais áreas serão mais críticas e tomar decisões mais assertivas, como fechar parques ou escolas, por exemplo. Com a coleta desses futuros dados, será possível mapear todas as áreas da cidade, e isso é uma oportunidade única. É um ambiente perfeito para implementar um plano de prevenção eficaz, o que, ao final, vai resultar em uma qualidade de vida muito melhor para a população”.
A prefeita Adriane Lopes reforçou o compromisso da gestão com a preservação e manejo da arborização urbana. “A gestão municipal entende e apoia essas iniciativas, pois a prevenção resulta em qualidade de vida para a população e para nossa fauna. Somos reconhecidos pelo cuidado com nossas árvores, e seguiremos nesse caminho.”
Para a secretária de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Kátia Sarturi, o evento oferece uma oportunidade valiosa para aprimorar o conhecimento técnico da equipe. “Trouxemos um dos maiores especialistas para mostrar ao corpo técnico as ações necessárias para uma resposta rápida e eficiente, contribuindo para a elaboração de um Plano de Prevenção e Contingenciamento de quedas de árvores em eventos climáticos extremos.”
Com essas ações, Campo Grande se consolida como referência em práticas inovadoras de gestão ambiental e climática, demonstrando seu compromisso com o bem-estar da população e a sustentabilidade urbana.