PCC -
Após a morte do traficante Jorge Rafaat Toumani, 54 anos, o PCC (Primeiro Comando da Capital) passa a controlar o tráfico de drogas e armas na fronteira do Brasil com o Paraguai, aponta reportagem publicada pelo jornal paraguaio ABC Color neste domingo (19). Jorge foi morto a tiros de metralhadora .50 em uma emboscada feita por pelo menos cem pistoleiros, na noite de quarta-feira (15), em Pedro Juan Caballero.Conforme o ABC Color, tudo indica que o novo chefe do tráfico no Paraguai é um brasileiro de 32 anos conhecido como "Gallant" que tem conexão direta com o PCC em São Paulo. O rapaz opera com três identidades: Oliver Giovanni da Silva, Elton da Silva Leonel e Ronaldo Rodrigo Benites.
Gallant já foi preso diversas vezes com armas, munições e drogas. Ele, segundo o jornal paraguaio, é aliado de Jarvis Chimenes Pavão, 48 anos, traficante concorrente de Rafaat.
Uma das principais linhas de investigação da polícia paraguaia para a execução de Rafaat seria uma desavença com Pavão, que está preso desde 2009 em Assunção e mesmo assim teria ordenado a ação. Fontes ouvidas pelo Campo Grande News confirmam as suspeitas de que a ordem para matar o "rei da fronteira" teria partido de seu maior concorrente, com apoio de facções criminosas brasileiras.
Uma das evidências é que o utilitário usado no ataque e onde foi instalada a metralhadora .50, arma de poder antiaéreo que perfurou a blindagem do Hummer de Rafaat, foi encontrada abandonada em uma obra que seria Jarvis Pavão.
Segundo as investigações que estão sendo feitas pela Polícia Nacional do Paraguai com o apoio de outras instituições de segurança, Jarvis Pavão teria contratado o CV (Comando Vermelho) para eliminar Rafaat.
De acordo com o que foi apurado, Jorge Rafaat mantinha o controle das atividades na fronteira e todas as organizações criminosas só podiam agir com a sua autorização. Quem descumpria as regras, era eliminado. A polícia paraguaia ainda não sabe ainda qual o motivo da desavença entre Rafaat e Pavão.
Ainda conforme o site ABC Color, a advogada de Jarvis Pavão, Laura Casuso, negou que ele tenha ligações com facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e afirmou que o cliente mantinha bom relacionamento com Jorge Rafaat.