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Módulo de Saúde garante qualidade nos atendimentos de internos

07 Jun 2016 - 15h16
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -
Com cerca 200 atendimentos médicos semanais, o Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, na Capital, proporciona mais celeridade e qualidade na atenção à saúde de internos do Instituto Penal de Campo Grande, Presídio de Trânsito e Centro de Triagem "Anísio Lima".

Subordinados à Diretoria de Assistência Penitenciária da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e realizados em conjunto com a Divisão de Saúde da instituição, os trabalhos realizados na unidade seguem todo um protocolo de procedimentos padrão, o que garante melhor assistência e mais segurança nas ações. "Definimos um trabalho padronizado e organizado, no sentido de realmente oferecer esse atendimento de saúde com qualidade", destaca o diretor da unidade, Marcelo de Oliveira Vianna, que está na direção desde novembro do ano passado.

Operacionalizado em junho de 2015, o local passou por algumas melhorias estruturais nos últimos 10 meses, aponta Vianna, entre eles a implantação de um corredor de segurança, que interliga o prédio às três unidades prisionais atendidas, sem a necessidade de escolta externa, o que facilita os atendimentos. "Também implantamos um sistema de videomonitoramento", cita, entre outras adequações realizadas.

No Módulo de Saúde, atualmente estão atuando dois clínicos gerais e um médico infectologista, além de um dentista, que é voluntário e atende apenas custodiados do Centro de Triagem – internos do PTRAN e IPCG recebem os atendimentos odontológicos no próprio presídio.

A equipe é composta, ainda, por uma técnica em enfermagem, uma auxiliar odontológica, duas psicólogas, um educador físico e uma responsável pela farmácia. O quadro administrativo, além do diretor da unidade, possui uma auxiliar administrativa e servidores penitenciários do corpo de Segurança e Custódia.

A triagem dos internos que receberão os atendimentos no Módulo é feito pela equipe de enfermagem de cada estabelecimento prisional. Com a realização do agendamento, os reeducandos são encaminhados ao local. Ainda no corredor de acesso, os custodiados participam de exercícios de relaxamento e alongamento com o educador físico.

Após isso, já no espaço de espera, é feito um trabalho de acolhimento. "Explicamos a eles que nosso objetivo é proporcionar um tratamento humanizado e de qualidade", destaca a psicóloga Sara Suzane Silva Costa, responsável pelo trabalho, que envolve também distribuição de folders informativos sobre campanhas de prevenção e tratamento de doenças como HIV, hanseníase, tuberculose, entre outras. "Nos casos em que identificamos necessidade, também fazemos o atendimento individual, visando os encaminhamentos à equipe psicossocial das unidades atendidas", informa a psicóloga.

O reeducando do IPCG Alexandre Antunes Pinheiro, de 33 anos, foi um dos que receberam atendimento no local recentemente. Queixando-se de que "a comida não estava parando no estômago" ele foi atendido pelo médico e recebeu as medicações prescritas, na farmácia do Módulo de Saúde. "Estou mais aliviado por ter sido atendido e ter o remédio para eu tomar", afirmou, garantindo que irá seguir à risca as orientações médicas.

Lourival Santos de Jesus, 42 anos também foi atendido e revelou ter muito medo de morrer no presídio, já que sofre de doenças crônicas como diabetes e bronquite. "A gente que está preso, quando fica doente, pensa que ninguém vai olhar por nós; então, quando recebe essa atenção, dá um certo alívio", afirmou.

Além dos atendimentos, o Módulo de Saúde é responsável pelo desenvolvimento do projeto "Tratamento Penal" junto a internos que cumprem Medida de Segurança e os que estão presos por terem cometido violência doméstica. Os trabalhos são realizados pela psicóloga Rosana Aparecida Costa na Penitenciária de Segurança Máxima, Instituto Penal e no Centro de Triagem, com reuniões semanais e sequenciais. Em complementação, o educador físico Thiago Rodrigues desenvolve projeto nas unidades prisionais com obesos e hipertensos.

Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, contar com o Módulo de Saúde para atendimento de três unidades, com mais de 2 mil internos, é muito importante, porque amplia o trabalho que cada um dos presídios já realiza por suas enfermarias. Além disso, completa, há um grande esforço no sentido de a Agepen conseguir que médicos especialistas ali também prestem atendimentos, mediante a triagem e encaminhamento que são feitos pelos clínicos gerais.

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