Krug concede entrevista à TV Morena e fala sobre reajuste do salario mínimo - Crédito: Foto : Chico Ribeiro
CAMPO GRANDE – Embora não se tenha valores concretos dos salários pagos em cada um dos 78 municípios do Estado, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Jocelito Krug (PMDB), acredita que o impacto anual do novo salário mínimo atingirá as prefeituras de pequeno porte, que representam a grande maioria. Krug acha que o novo valor de R$ 545, aprovado pela Câmara dos Deputados e que deve ser mantido pelo Senado, pesará muito na folha, sobretudo, trará dificuldade para essas prefeituras cumprirem seus compromissos, como encargos sociais, por exemplo.
No entanto, o presidente da Assomasul reconhece a necessidade de o trabalhador ter um ganho real de salário, desde que a realidade financeira das prefeituras fosse outra, o que, no caso, seria possível até pagar melhores salários.
A leitura que os prefeitos fazem é que o reajuste salarial, além de inviabilizar parte da administração municipal, certamente exigirá aumento das compensações aos municípios.
Para a maioria das prefeituras, o reajuste de 6% do valor do salário mínimo pode significar um forte prejuízo nos cofres públicos.
Na avaliação de Krug, o novo mínimo pode atrapalhar o reajuste salarial daqueles funcionários que ganham mais e que têm aumento anual com base na inflação.
“Hoje a maioria dos prefeitos tem a preocupação em seus municípios, principalmente, em dar o reajuste da inflação, geralmente essa é a grande preocupação, é a grande discussão que todo ano a Assomasul faz, discute com os prefeitos a realidade (financeira) de cada município, afirmou o dirigente em entrevista na manhã de ontem ao Bom Dia MS, da TV Morena.
Segundo ele, muitas vezes a realidade dos municípios é semelhante e a entidade sugere um índice de reajuste aos servidores públicos municipais, embora isso não signifique que o percentual apresentado em assembleia-geral tenha de ser cumprido pelos prefeitos, mesmo porque cada caso é um caso.