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Índigenas ocupam funai na capital e pedem liderança na presidênça

08 Jun 2016 - 08h42
Um dos líderes da Aldeia Indígena Taunay, em Aquidauana, que ocupa o prédio da Funai na Capital. - Crédito: Foto: Elvio Lopes/O ProgressoUm dos líderes da Aldeia Indígena Taunay, em Aquidauana, que ocupa o prédio da Funai na Capital. - Crédito: Foto: Elvio Lopes/O Progresso
Um grupo composto por cerca de 60 índios ocupou, na manhã de ontem, o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Campo Grande, exigindo um encontro com o ministro da Justiça Alexandre de Moraes para discutir a nomeação do novo presidente nacional do órgão e na superintendência no Estado e cobrando daquele ministério soluções para as áreas ocupadas na região de Aquidauana e Bodoquena.

O líder da ocupação, ex-cacique terna Alcery Marques, da Aldeia Taunay, em Aquidauana, explicou que os índios que participam da ocupação vão permanecer no prédio, localizado na rua Maracaju, no centro da cidade, somente depois que o ministério confirmar a audiência, que pode ser em Brasília (DF) e também disse que outras lideranças regionais devem aderir à manifestação, se não fosse atendido até ontem à tarde.

O presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa foi exonerado da função na semana passada, pelo governo do presidente interino do Brasil, Michel Temer e até ontem não havia sido escolhido seu substituto, o que levou os indígenas das aldeias de Aquidauana à decisão de ocupação do prédio para discutir a nomeação do novo dirigente do órgão com as comunidades indígenas.

Alcery Marques afirmou que, sem presidente, o órgão conduz sua ações sob a responsabilidade de três diretores e isso, em sua definição, prejudica os trabalhos de demarcação e também as ações administrativas e operacionais da Funai e por isso os manifestantes querem a nomeação de um representante das comunidades indígenas para presidir a instituição governamental.

Segundo o Terena, se o nome escolhido pelo presidente interino da República não pertencer às comunidades indígenas, que seja então alguém comprometido com as causas dos índios e não uma indicação política e que não atenda aos interesses da população indígena no País.

Também na pauta das reivindicações dos manifestantes, a homologação, pelo Ministério da Justiça, de 17 propriedades rurais em Aquidauana, que somam, juntas, uma área indígena de 33,9 mil hectares, a maioria já ocupada pelas comunidades daquela região e de Bodoquena.

Essa pauta, parte das lideranças que fizeram parte da ocupação discutiram, ontem à tarde, na Justiça Federal da Capital, a imediata decisão judicial pela demarcação da área que os índios consideram o novo território indígena naquela região do Estado. Depois do registro da ocupação, os índios se recolheram no interior da Funai, onde não permitiram que ninguém, além de servidores do órgão, entrassem ou saíssem do prédio.

O coordenador regional da Funai no Estado, Ivair Borges, afirmou que a ocupação é pacífica e que o trabalho interno no órgão continuaria normal até o final do expediente de ontem, quando os servidores deixariam o prédio, mesmo que os manifestantes continuassem a ocupação.

Esta é a segunda terceira vez, em pouco mais de um ano, que o prédio da Funai é ocupado por manifestantes indígenas, apenas com uma das reivindicações convergentes, a demarcação de terras que consideram indígenas e que foram ocupadas pelas comunidades. Já ocorreram ocupações para mudança de coordenador regional, pela não exoneração do coordenador regional e por melhorias na área de saúde indígena em aldeias de todo o Estado.

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