
Os projetos originais da Igreja e da residência dos redentoristas nasceram juntos. Ambos são datados de 9 de novembro de 1939 e têm Joaquim Teodoro de Faria como responsável técnico, que até mesmo foi nomeado prefeito de Campo Grande na década de 40, segundo o documento do processo de tombamento do santuário como patrimônio histórico e cultural do município. A construção da igreja teve início em 1940, conforme a data entalhada na pedra fundamental da igreja, localizada a esquerda de quem entra no santuário.
A arquitetura impressiona muitos devotos, é considerada uma das mais belas igrejas do Estado e os estudos arquitetônicos mostram que foi inspirada na Basílica de Santo Apolinário em Classe, localizada em Ravena (Itália).
De acordo com o arquiteto Rubens da Costa Marques, estudioso e pesquisador, o santuário possui influência das primeiras construções cristãs. "A igreja possui características de uma fase de transição do ecletismo para o historicismo, que buscava reviver a arquitetura do passado", explica.
A cor avermelhada da igreja é originária do material da Cidade Morena empregado na alvenaria. O brilho presente na edificação é devido à utilização de pó de mica, um dos três componentes do granito.
Naquele tempo, Campo Grande começava a se desenvolver ainda no Estado de Mato Grosso (uno). Localizada à direita do córrego Segredo e próxima a linha ferroviária que por muito tempo esteve em atividade, a igreja foi construída em meio ao conjunto militar.
Por isso é possível afirmar que o santuário foi fundamental para o desenvolvimento do então pujante bairro Amambaí. "Com certeza a igreja influenciou no urbanismo e ocupação territorial da região. A Avenida Afonso Pena ainda não possuía o prolongamento até a região. As ruas principais eram em torno a Cabeça de Boi. A construção do Santuário foi fator importante no arruamento da região", garante o arquiteto Rubens Marques.
No dia 10 de janeiro de 1999, o então Arcebispo de Campo Grande, Dom Vitorio Pavanello, publicou o decreto de elevação da igreja a Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, motivado pelas tradicionais novenas que acontecem todas as quartas-feiras.
O Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ainda contribuiu para o surgimento de novas paróquias, como a Cristo Luz dos Povos (26/03/1967), Nossa Senhora Auxiliadora (30/05/1971), Nossa Senhora da Conceição Aparecida (08/12/1982), Cristo Bom Pastor (01/12/2000) e Santo Afonso Maria de Ligório (12/02/2011).
Atualmente, o Santuário de Campo Grande é o que mais realiza novenas em todo o mundo, com 18 novenas, de hora em hora, a partir das 6h até às 23h, que reúne em média cerca de 25 mil pessoas.
Comemoração
Para comemorar os 75 anos da Igreja, o Santuário está realizando uma série de atividades em sete dias de festa com agenda religiosa e social. Para sábado às 20h30 está programado o casamento comunitário de 41 casais e no domingo às 17h partilha do tradicional bolo gigante, que neste ano terá a forma dos 75 anos, ao invés do comprimento.
Ainda serão homenageadas 75 pessoas que completam 75 anos neste ano, como forma de relembrar a inauguração da igreja. Nesta sexta-feira está programados terço e missa da misericórdia, às 15h, 19h e 23h.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Cidade
Novo decreto amplia horário de funcionamento de bares e libera eventos
25/02/2021 07:58

Produção
Mato Grosso do Sul terá a 1ª indústria de ovo orgânico em pó do Brasil
24/02/2021 10:33

Clima
Quarta-feira de tempo claro e máxima de 37°C no Estado
24/02/2021 07:40

Covid-19
MP pede que Coronel Sapucaia volte a decretar lockdown
23/02/2021 08:37

Clima
Predomínio de sol e temperaturas em elevação em Mato Grosso do Sul
22/02/2021 08:52