Dos 20 casos confirmados nos últimos dois meses, a médica diz que ocorreram 5 mortes, o equivalente a 25% do total. Entretanto, ela ressaltou que os óbitos foram de pacientes adultos e que já apresentavam um quadro com outras doenças associadas.
Atualmente, conforme Priscilla, a instituição conta com 24 pacientes internados em razão da gripe por H1N1. Destes, 6 fizeram exames que já deram resultado negativo para o vírus, 13 aguardam os resultados dos testes e 5 tiveram o diagnóstico pela doença confirmado, sendo que 3 estão no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 2 estão em quartos.
A médica diz que o aumento de casos nos últimos meses é considerado atípico e surpreendeu já que o previsto é que ocorresse um incremento de registros somente a partir dos meses de junho e julho, com a queda das temperaturas no estado com início do inverno.
Segundo Priscilla, assim que chegam ao hospital os casos suspeitos passam por uma triagem inicial, é coletado material e enviado para o Laboratório Central do governo do estado (Lacen), que está demorando em média 4 dias para enviar os resultados. Porém, antes mesmo do resultado dos exames chegarem, dependendo da análise clinica é iniciado o tratamento preventivo contra a doença, com o uso do antiviral Tamiflu.
Atualmente, conforme o diretor técnico da Santa Casa, Mário Madureira, o hospital tem em estoque 2.300 comprimidos do medicamento, o que seria suficiente para atender entre 100 e 200 pacientes simultaneamente.
Ele aponta que com a projeção do aumento do número de casos nos próximos meses será necessário que a instituição se concentre no atendimento aos pacientes que chegaram referenciados pelo sistema de regulação e que realmente necessitem de cuidados com maior complexabilidade.
"A Santa Casa é o hospital que possui o maior número de leitos de terapia intensiva em Campo Grande. São aproximadamente 100, então é claro, que em uma situação de aumento de casos de uma doença, o hospital seja o mais demandado. Mas precisamos concentrar nosso atendimento justamente nestes casos mais graves, deixando a demanda espontânea para os postos de saúde, que dependendo da gravidade, nos encaminham, após orientação da Central de Regulação, esses pacientes. O hospital está preparado, mas não temos aumento do número de leitos", conclui ao site do G1.