Sérgio Longen, presidente da Fiems, em coletiva na Casa da Indústria, dia 18, em Campo Grande. - Crédito: Foto: Elvio Lopes
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, reuniu na manhã de sexta-feira (18) diretores da entidade para divulgar o desempenho industrial no Estado este ano e as previsões para o ano que vem, o corte de alguns setores que vinham atendendo a sociedade e os investimentos que o sistema realizou durante o ano e os previstos para o próximo exercício.Segundo o relatório, apresentado em um telão, no ano passado foram preenchidas 188.878 vagas, realizados 336 cursos, atendidas 62 cidades e investidos R$ 158,2 milhões em obras e as ações para 2016 prevêem 182.444 vagas e 338 cursos em 79 cidades do Estado. Longen também detalhou os cursos e vagas do Serviço Nacional da Indústria (Senai), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), deste ano e as perspectivas para 2016.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) Industrial do MS, Sérgio Longen destacou os números em uma tabela de desempenho em que o crescimento foi constante desde o primeiro ano de controle, em 2007, quando o número de indústrias foi de 7.615; gerados 90.888 empregos; exportados R$ 827 milhões e que registrou o PIB Industrial de R$ 4 bilhões.
Em 2015, segundo Longen, o desempenho foi satisfatório, com 11.656 indústrias, 44 a menos que 2014; 126.500 empregos, em um índice menor que período anterior, porém, com exportação de R$ 2,775 bilhões – 1,1 bilhão a menos que o ano passado, resultando em um PIB Industrial de 16,5%, equivalente a 2,3% a mais do que o exercício passado.
Para 2016, de acordo com Longen, mesmo com a retração econômica de 2015, a Fiems projeta para o ano que vem crescimento do PIB industrial em 11,7%, saindo de R$ 16,5 bilhões para R$ 18,4 bilhões, com previsão de 11.890 indústrias, 128.500 empregos e exportação de R$ 3,025 bilhões.
“A situação que se desenha para 2016 é otimista e realista. É uma perspectiva feita com os pés no chão. Os números demonstram que o nosso trabalho tem rendido frutos e acredito que 2015 só não foi pior em razão das empresas que chegaram ao Mato Grosso do Sul”, destracou Sérgio.
O presidente da Fiems também explicou que os números em outros estados não se aproximam dos alcançados pelo setor industrial de Mato Grosso do Sul, ficando bem aquém dos apresentados e destacou ainda que a soma de esforços favoreceu a vinda de novos investidores, citando o Governo do Estado e prefeituras como importantes parceiros.
“Um aspecto de destaque é que já não temos mais a concentração de grandes empresas em um só local, o trabalho que está sendo feito tem contemplado o desenvolvimento regional”, disse, citando a pulverização dos novos empreendimentos por vários municípios sul-mato-grossenses”.
Investimentos
Ao responder questionamentos dos jornalistas presentes à coletiva, Longen destacou que a maioria dos investimentos estão sendo realizados na região Leste do Estado, com ampliação de indústrias em Três Lagoas; implantação de indústria moveleira em Água Clara e de biodiesel em Três Lagoas; reciclagem de alumínio em Paranaíba e uma nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo.
Sérgio Longen enumerou investimentos em outras regiões, como indústria de processamento de soja na Capital, Dourados e Caaraopó; de cimento em Bela Vista, ampliação das plantas de frigoríficos em São Gabriel do Oeste, Dourados, Sidrolândia, Caarapó e Itaporã e processamento de milho em Maracaju e Chapadão do Sul e destacou como de grande importância, as obras de duplicação da BR-163, que impulsiona o setor de construção civil no Estado.
Segundo o presidente da Fiems, essas ampliações e instalações de novas plantas industriais devem totalizar investimentos de R$ 37,385 bilhões até 2020, quando todas as unidades devem estar operando.
Produção
Para 2016 o desafio do Sistema Fiems, segundo Longen, é chegar aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e operacionalização das unidades com obras em andamento, citando como a ampliação do Senai de Campo Grande, com investimentos de R$ 18.084.357,72 e da Escola da Construção, com investimento de R$ 11.431.200,00.
Em Dourados, o Laboratório Físico-Químico de Alimentos do Senai, com investimento de R$ 5.324.352,74, e, em Três Lagoas, a Escola do Sesi, com R$ 30.353.630,63 de investimento e o Instituto Senai de Inovação em Biomassa, com investimento de R$ 22.790.327,14, totalizando R$ 76 milhões de novos investimentos no Estado.