A Polícia Militar Ambiental de Cassilândia, em conjunto com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Estado) e o Ibama, realizou operação, onde apreendeu mais de 30 animais silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro, em chácara do município.
De acordo com a PMA, o Ibama, através do sistema de ouvidoria, recebeu denúncia sobre a ilegalidade na chácara, em Cassilândia. Durante operação nesta terça-feira (4), os policias e agentes foram até o local, onde residia um casal, e confirmaram a denúncia, encontrando sete araras, um casal de primatas da espécie macaco-prego, um periquito, um papagaio, uma pomba silvestre, além de 17 jabutis. Com exceção das araras, que estavam com as asas cortadas e soltas na chácara, todos os animais eram mantidos em locais fechados. Os animais que não tinham origem legal e que foram capturados na natureza foram apreendidos.
Na tarde de ontem (5), a PMA voltou ao local onde foram apreendidos os animais, e encontraram mais dois quelônios (tartarugas), sendo dois tigres d’água americanos, considerados exóticos, e um tigre d’água brasileiro. Os bichos também foram apreendidos, pois o proprietário da chácara, um homem de 78 anos, também não possuía documentação legal do órgão ambiental.
O proprietário da chácara afirmou que ele recebia os animais de pessoas do município. Os bichos chegavam machucados e ele cuidava. Porém a polícia e fiscais do Ibama e Imasul apontaram que o local era tido como comércio e, aparentemente, também era realizada a reprodução de alguns animais, como os jabutis, já que muitos dos encontrados eram filhotes. Além disso, o casal expunha os animais em redes sociais.
O acusado foi autuado em R$ 66.900 mil e responderá por crime ambiental, que tem pena prevista de seis meses a um ano de prisão. Os animais foram encaminhados para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande.