
“Homenagem ao colono, herói anônimo que escreveu, ao som surdo do machado, a epopeia do desbravamento das nossas matas virgens, abrindo clareiras e plantando a semente do desenvolvimento de Dourados”. A inspirada lápide colocada abaixo do monumento em cimento e aço existente na praça Antonio João contrasta com o estado da obra de arte: o cimento que formava o braço do colono caiu e, sem restauração, transformou-se em um “braço de aço”, em uma imagem que é cômica, não fosse trágica e exemplo de como a cidade precisa urgentemente (sob pena de ver riscada do mapa parte de suas memórias) fazer um levantamento e um Projeto de restauração de seus patrimônios históricos.
stóricos. Os exemplos estão em todos os cantos da cidade. A carroça ou carro-de-boi, inicialmente colocada na Avenida Marcelino Pires com a Rua Melvin Jones e que atualmente está soçobrando em ruínas em frente à Rodoviária é uma homenagem aos trabalhadores rurais que muito colaboraram para o desenvolvimento da cidade. Representa o meio de transporte mais utilizado pelos pioneiros da cidade e simboliza o período marcante da colonização do município. Era usado tanto por brancos como pelos índios.Foi doado em sete de setembro de 2002 pela pioneira Jahyr Martins Ferreira. A doação foi feita com o intuito de mostrar a importância desse meio de transporte e a história dos antepassados para nossa cidade e região. Na forma que está, também sem ser cuidada e restaurada periodicamente, se um desavisado se escorar na peça a lembrança histórica vira um amontoado de madeira.
Há poucos dias foi anunciado que o Ministério da Cultura Usina Filinto Muller em Dourados, mais conhecida como “Usina Velha”, será revitalizada para ser aberta à visitação da população no pós-pandemia. Tombado como Patrimônio Histórico Municipal, o local, que já serviu de ponto de lazer e diversão nas tardes de domingo para os douradenses. A chaminé dessa memória arquitetônica quase foi ao chão em 1992, o que só não aconteceu porque foram colocadas cintas metálicas em pontos estratégicos de seus quase 28 metros de altura. Artistas e historiadores ouvidos pela reportagem acreditam que, além do levantamento do patrimônio histórico, é necessário esse cuidado periódico para que enquanto não são elaborados os projetos e viabilizados os recursos, a cidade não vá aos poucos perdendo suas memórias e vendo situações como a do “colono de braços de aço” da Praça Antônio João.
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