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Alunos da UFMS são proibidos de comer marmita em restaurante universitário após aumento no bandejão

A empresa que tem a concessão do espaço se posicionou e disse não ter lógica o restaurante vender alimentação e pessoas usarem o local para comer alimentos levados em marmita. A UFMS diz disponibilizar cozinhas aos alunos

29 Abr 2022 - 10h40Por G1
Alunos da UFMS são proibidos de comer marmita em restaurante universitário após aumento no bandejão - Crédito: Redes sociais/Reprodução Crédito: Redes sociais/Reprodução

Após colocar folhas de papel escritas "proibido comer marmita" nas paredes do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), alunos da universidade se indignaram com a decisão. A medida tomada pela empresa, que tem concessão do espaço e de vender as refeições, foi tomada após aumento de mais de 230% no bandejão e a direção da federal retirar a participação no custeio das alimentações de parte dos estudantes.

Nas redes sociais e pessoalmente, os alunos se posicionaram sobre o impedimento de usarem a dependência do RU e também da estrutura oferecida pela UFMS para que os acadêmicos possam realizar as refeições ou esquentarem as marmitas.


“Primeiro aumentaram o preço pra R$ 15, que é absurdo pra RU, não passam nem cartão de crédito, não deixam alunos vender alimentos, porque tinha uns que vendiam salgados, e agora não deixar os alunos que levam marmita comer no próprio refeitório? É sacanagem”, alega Allan Nakashima, acadêmico de Ciências Contábeis.

Isabella Leon, outra aluna do campus, também não concorda com a proibição e ainda reclama sobre qualidade da comida servida no RU.

“No meu bloco não tem lugar para almoçar. A opção seria o RU, e agora não está podendo. Alguns dias que eu tenho aula até mais tarde sim [almoço], mas o perrengue é mais pela qualidade da comida, porque pelo valor deveria ser melhor”, declara.

Nas redes sociais, outros alunos questionaram a falta de espaço oferecida pela UFMS para que os alunos possam esquentar ou comer as marmitas. O acadêmico de Engenharia Civil, Bruno Samaniego da Cunha postou na internet uma série de apontamentos, incluindo a falta de espaços físicos para que os alunos façam as refeições fora do RU. Leia o post abaixo:

O que diz a empresa
Em contato com o g1, a Paladar Nutri, empresa que tem concessão do RU, mencionou que tem a autorização e não vê lógica dos estudantes comerem marmitas em um local que tem pretensão privada.

A empresa mencionou que paga, em média, R$ 20 mil em aluguel para o uso do espaço, além de encargos como luz, água e vários impostos. Para a Paladar Nutri, a empresa oferece ar-condicionado e inúmeros benefícios aos clientes, aquelas pessoas que pagam para usar o local.

A Paladar Nutri explica que o ambiente é cedido por concessão pública e passou por vários certames. Para a empresa do ramo de alimentação, o local é destinado a aqueles que pagam para estar ali e a entrada de acadêmicos com marmitas é "injusta".

Para solucionar a questão, a Paladar Nutri informou que a UFMS estar a par de todas as questões e que a própria universidade deveria disponibilizar espaços para os estudantes que levam marmitas.

Aumento nas refeições
O RU tem capacidade para servir 3,5 mil refeições por período, tanto almoço quanto janta. O local foi reaberto no dia 4 de abril deste ano, e agora, proíbe as pessoas que levam marmitas para comer dentro do ambiente. O descontentamento dos estudantes surgiu antes da placa.

Atualmente, os valores são os seguintes:

  • R$ 3 para alunos graduados em situação de vulnerabilidade econômica e que tenha preenchido o CadÚnico do Governo Federal;
  • R$ 10 para alunos de pós-graduação;
  • R$ 15 para os demais alunos e frequentadores, incluindo funcionários;

Antes, a refeição era de R$ 2,50 para alunos de baixa renda e R$ 4,50 para os demais estudantes. Agora, o subsídio da UFMS permanece apenas para matriculados que estejam inscritos no Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico).

O que diz a UFMS
A UFMS informa que a licitação compreende a concessão de todo o espaço do RU, cozinha, equipamentos e refeitório, para que a empresa forneça a refeição à comunidade universitária.

A universidade disse que oferece as cozinhas acadêmicas em todos os campus. Em Campo Grande são cerca de 15 locais para os alunos armazenarem e esquentarem as refeições que trazem de casa, sem precisar ir até o RU.

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