
A queda das doações estão prejudicando abrigos de Dourados, que estão fazendo verdadeiros “malabarismos” para se manter. Em 2013 o Brasil estava afetado por uma crise política que acarretou uma instabilidade econômica em meados de 2014. Após seis anos de mudanças significativas no poder político e econômico, os brasileiros foram surpreendidos pela pandemia do Coronavírus (Covid-19), em 2019. Desde então surgiram mudanças na rotina e vida da população, muitas empresas fecharam ou tiveram que se adaptar com o mundo digital devido ao distanciamento social. A família teve que aprender a mostrar afetividade com distanciamento e o medo em abraçar tornou-se sinônimo de amor e cuidado ao próximo.
Com pouco mais de um ano de pandemia algumas associações tentam lidar com a situação social, econômica e a diminuição de doações e trabalhos voluntários, como por exemplo, o Lar Ebenezer Hilda Maria Corrêa, que é uma entidade sem fins lucrativos e se dedica desde 1988 no acolhimento de crianças e adolescentes do sexo feminino e masculino que tiveram seus direitos violados na modalidade de abrigo institucional, garantindo proteção integral como alimentação, saúde, educação, profissionalização.
“Somos co-financiados por recursos governamentais, realização de eventos, destinações do poder judiciário e da sociedade”, diz a coordenadora da associação, Giselle Ferreira da Silva Tosta. Segundo a AOB (Ordem dos Advogados do Brasil), fundações e institutos empresariais, podem ter como objetivo financiar atividades de organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos. Mas o que acontece hoje em Dourados é uma diminuição significativa dos recursos que eram arrecadados por doações e realização de eventos.
Segundo ela o impacto causado na economia em 2014 e depois com instabilidade do Coronavírus (COVID-19), fez as pessoas e empresas que realizavam doações constantes, restringisse as contribuições ou até mesmo cancelar por total. “Também os eventos realizados (churrasco, bobó, galinhada, bingo, feira de flores), para arrecadação foram cancelados por conta das medidas de isolamento para evitar aglomerações”, informa Giselle Ferreira ao Jornal O Progresso.
Só para você ter uma ideia da responsabilidade social, o Lar Ebenezer Hilda Maria Corrêa, em sua primeira casa tem capacidade para acolher até 20 meninas e na segunda 20 meninos, totalizando 40 crianças para atendimento. A coordenadora informou ao Jornal O Progresso que neste momento de pandemia alguns doadores perderam suas empresas ou estão com grandes dificuldades comerciais. “Tínhamos um padrinho financeiro que se disponibilizou para pagar uma tratamento e perdeu o emprego e não pode ajudar mais”, complementa Giselle.
Segundo os dados divulgado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 26 de fevereiro deste ano, a taxa média anual de desemprego no Brasil foi de 13,5% a maior já registrada desde o início da série histórica em 2012. “O que mais pesa no contexto geral das doações é o impacto financeiro na economia que convergiu em suspensão de contratos de trabalho, gerando automaticamente a redução no recebimento das doações”, ressalta a coordenadora do Lar Ebenezer Hilda Maria Corrêa.
Você sabia que pode contribuir de outra maneira para o Lar Ebenezer Hilda Maria Corrêa? Além de doações você pode se juntar ao quadro de voluntário da associação e produzir um importante papel na sociedade através da reciprocidade e ajuda social. Segundo a ONU só no Brasil existe mais de 7,4 milhões de pessoas que realizam trabalho voluntário. O programa de trabalho voluntário “Amigos do Lar Ebenezer” está disponível para você e seus amigos se juntar ao time de voluntários.
Também é possível realizar doações pelo site www.larebenezerdourados.com.br ou através PIX CNPJ: 03.471.216/0001-23 e para mais informações acesse as redes sociais @lar.ebenezer ou ligue no telefone (67) 3421-0103.
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