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Pandemia expõe desigualdades sociais

10 Abr 2021 - 07h04Por Redação
Pandemia expõe desigualdades sociais - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

É impossível lutar de forma eficaz contra a COVID-19 sem abordar as desigualdades sociais e apoiar os mais vulneráveis enquanto lutam para se proteger. Dados da Organização das Nações Unidas (Onu) mostram que 22 milhões de pessoas caíram na pobreza este ano nas Américas. Para eles a pressão financeira desta pandemia foi devastadora.

Embora todos tenhamos sido afetados por esta pandemia, não sofremos o mesmo impacto. A doença, que assola o mundo expôs as desigualdades que são barreiras para a saúde de muitas pessoas. Estima-se que a pandemia tenha empurrado entre 119 e 124 milhões de pessoas a mais em todo o mundo para a extrema pobreza no ano passado. Calcula-se também que 14 anos de ganhos na luta contra a pobreza foram perdidos devido à pandemia. E ainda há evidências convincentes de que a pandemia ampliou as disparidades de gênero no emprego, com as mulheres saindo da força de trabalho em maior número do que os homens nos últimos 12 meses.

As ações para controlar e tratar a COVID-19 durante a pandemia, bem como durante a recuperação econômica, devem ser centradas na redução das desigualdades. Devemos agir com decisão agora para garantir o direito de todos os membros da população ao mais alto padrão de saúde possível.

Assinalando que as pessoas em situação de vulnerabilidade sofrem desproporcionalmente com a pandemia, a diretora chamou a atenção para aqueles que vivem em moradias superlotadas e precárias, com acesso limitado à água, e assentamentos informais urbanos; trabalhadores essenciais; e trabalhadores da economia informal.

Muitas vezes, essas pessoas já não tinham acesso a cuidados de saúde de qualidade e tinham um pior estado de saúde. Longas histórias de discriminação estrutural costumam estar relacionadas à falta de acesso e às más condições sociais dos grupos de maior risco. Determinantes sociais da saúde devem ser enfrentados para reduzir a desigualdade.

Muitas das pessoas mais afetadas pela pandemia - mulheres chefes de família; mulheres negras e indígenas; pessoas ganhando salário mínimo; aqueles com acesso limitado ou nenhum acesso à proteção social; e pessoas, na maioria das vezes mulheres, que realizam trabalhos de assistência não remunerados - também são empregadas em trabalhos que as expõem ao vírus.

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