O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, o secretário de assuntos fundiários da Presidência, Luiz Antonio Nabhan Garcia e o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, divulgaram um vídeo falando sobre a formação de um manifesto verde amarelo pelo agronegócio. O movimento, formado por sindicatos e associações rurais, convoca produtores de todo o país para que façam carreatas e tratoraços em 21 de abril. O movimento tem como objetivo mobilizar os diversos agentes e instituições do agronegócio em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e também repudiar as restrições de locomoção determinadas por governadores e prefeitos como estratégia de enfrentamento à pandemia da Covid 19 e a decisões do Supremo Tribunal Federal. “Nesse momento eu sugeri um manifesto escrito, para não mobilizar pessoas nesse momento. Estamos no auge de uma pandemia e isso geraria mais atritos que soluções”, explicou o general Heleno. A sugestão teve o apoio de Galvan e Nabhan Garcia e por enquanto o manifesto será um compartilhamento de ideias e mobilizações através da internet e de redes sociais.
Esperneio
O prefeito Alan Guedes enfrentou dias de fúria de alguns empresários por causa do fechamento do comércio em Dourados, atendendo o decreto estadual de “semi lockdown” no MS. Não chegaram a bater panela, mas estiveram em frente da casa dele no Parque Alvorada para reclamar das medidas restritivas às atividades comerciais. E fizeram um grande barulho à noite.
Ficou no ‘preju’
O retorno ao cenário político do ex-presidente Lula, depois de ter suas condenações pela Lava Jato anuladas pelo Supremo Tribunal Federal uma figura política que teve um roteiro de acusações e prisão, também quer se recolocar no jogo em Mato Grosso do Sul: o ex-governador André Puccinelli (MDB). Ao ser perguntado pelo Correio do Estado sobre o caso de Lula, se ele imaginava que poderia ter reflexos no seu processo sob a investigação da Lama Asfáltica, o político foi enfático e disse que ambos não têm correlação. E criticou o fato dele ainda não ter sido absolvido, já que, em 2018, o Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, anular a prisão contra ele, no âmbito da operação Lama Asfáltica. “Muito antes dessa decisão do STF, há pouco mais de dois anos, eu tive minha liberdade declarada. Apesar dessa decisão, até hoje nenhuma audiência foi realizada para investigar o que quer que seja. E agora, quem vai resgatar meu prejuízo?”, questionou Puccinelli.
Sacanagem
Sem prorrogação, o pagamento do IPVA teve mantido o seu vencimento para o dia 31 de março. Nem mesmo a pandemia sensibilizou o governo do Estado a prorrogar o pagamento, já que bancos e lotéricas estavam fechados. Ao cidadão restou tentar pagar o imposto em caixa automático, embora nem todos tenham conta corrente ou poupança em bancos. Existia também a opção de pagar sem sair de casa, pela internet.
Convento
A Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Itajaí, Santa Catarina, proibiu o uso de saias acima do joelho, decotes e blusas sem manga, numa circular assinada pelo reitor, Valdir Cechinel Filho, e enviada a professores e funcionários nesta semana. Há ainda proibição de “roupas coladas”, seja o que isso significar, e “cintos frouxos”. Bonés, chinelos e bermudas também estariam proibidos para homens. A universidade afirmou que o texto enviado aos funcionários era só uma minuta, e que ainda haverá um texto definitivo, com alterações.
Risco
O ex-presidente Michel Temer (MDB) inaugurou um ponto fora da curva no período democrático ao colocar um militar, e não mais um civil, à frente do Ministério da Defesa. Mas o presidente Jair Bolsonaro tomou um passo ainda mais atípico ao apontar e depois demitir um general como titular da pasta, conforme fez nesta segunda-feira (29/3) com o agora ex-ministro Fernando Azevedo e Silva. Essa é a avaliação do cientista político João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pesquisador especializado em Forças Armadas e na ditadura militar, ele classificou à BBC News Brasil como ousadia a decisão do presidente. Para Filho, a sucessão de acontecimentos dos últimos dias pode levar a um movimento de saída de militares da base de apoio a Bolsonaro.
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