
O Estado de Mato Grosso do Sul está com os leitos de UTI Covid-19 esgotados. Tanto na rede pública, quando na particular o cenário é de colapso nos hospitais. Também existe uma fila de de 41 pacientes que aguardam por leito de UTI. Por causa disso, essa semana o Governo do Estado decidiu restringir o horário do toque de recolher, que a partir de domingo (14), passa a ser às 20h às 5h nos 79 municípios. A circulação de pessoas e veículos nesse horário - salvo em razão de trabalho, emergência médica ou urgência inadiável - fica proibida.
O colapso da saúde, chegou a 106% de ocupação de leitos de UTI na macrorregião de Campo Grande e superlotação com 93% das ocupações na região da Grande Dourados no último dia 10. A situação é considerada como o pior momento da pandemia de Covid-19 em MS, com mais de 3,5 mil mortes e média diária de quase mil contaminações.
Em relação ao lockdown, que estaria no radar COE-MS (Centro de Operações de Emergências) foi descartado pelo Estado para atender reivindicações de diversos setores da cadeia produtiva de Mato Grosso do Sul e dar segurança aos empresários neste momento crítico, apesar da abertura 48 novos leitos de UTI pelo Estado, divididos entre as cidades de Aparecida do Taboado, Coxim, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.
Variante se espalha
Pesquisadores da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) descobriram 22 casos suspeitos da nova variante da Covid-19, chamada de P.1, no Estado. O responsável pelo estudo é o infectologista e professor da UFMS, Júlio Croda, que afirmou: “a nova variante está no estado todo”.
O infectologista disse que depois da confirmação, reportou os dados à secretaria estadual de Saúde (SES) e que até o momento não reconheceu os 22 casos da variante da Covid-19 encontrados pela faculdade de Medicina da UFMS.
Em nota, a SES informou que “40 amostras de controle de qualidade foram encaminhadas para análise de sequenciamento génico do laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte (MG). Destas, 22 são de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e 18 são do Laboratório Central de MS”.
Toque de recolher em MS
O novo horário do toque de recolher tem validade de 14 dias, ou seja, segue de 14 a 27 de março, quando será reavaliada a situação epidemiológica da Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Durante o horário do toque de recolher, somente poderão funcionar os serviços de saúde, transporte, alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de gasolinas e indústrias.
Aos sábados e domingos, os serviços que não são classificados como de natureza essencial terão regime especial de funcionamento. Só poderão abrir e atender o público entre 5 e 16 horas.
Durante os horários e dias de funcionamento das atividades e serviços autorizados, os estabelecimentos deverão funcionar com limite máximo de 50% de sua capacidade instalada, respeitando o distanciamento mínimo de um metro e meio entre as pessoas presentes no local.
Em razão do alto risco de contaminação, fica proibida realização de eventos, reuniões, shows e festividades em clubes, salões e afins em locais onde o espaço físico não permita o respeito às regras de biossegurança.
Órgãos públicos
Para órgãos e entidades públicas estaduais a recomendação é de adoção, de forma excepcional, do teletrabalho, mas caberá ao dirigente máximo das pastas editar ato regulamentação a aplicação e alcance desse regime.
Hospitais
O decreto suspendeu também as cirurgias eletivas pelos hospitais das redes pública estadual e contratualizada. No entanto, estão permitidas as que já haviam sido agendadas, assim como as cardíacas, oncológicas e aquelas que, mesmo sendo eletivas, possam causar danos permanentes aos pacientes caso não sejam realizadas durante o período de suspensão.
Barreiras sanitárias
Estão autorizadas ainda, de modo caráter excepcional e temporário, a instalação de barreiras sanitárias nos aeroportos e pontos de fiscalização nas rodovias de Mato Grosso do Sul. A publicação não impede que os municípios adotem medidas de restrição mais rígidas, de acordo com a situação epidemiológica e as particularidades.
A fiscalização será realizada pelas polícias civil e militar, Corpo de Bombeiros Militar e, em conjunto ou cooperação, pelas Guardas e Vigilâncias Sanitárias Municipais.
Aulas
As aulas presenciais da Rede Estadual de Ensino estão suspensas. Na quarta-feira (10), elas tiveram início de forma remota. (Com informações da SES).
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