
Em Dourados, mães se dizem indignadas com a suspensão de algumas especialidades médicas ofertadas na Policlínica de Atendimento Infantil (PAI), Flamarion Capilé. Rozeli Terezinha de Souza, mãe do Théo Luccas de Souza Rodrigues, de um ano e oito meses, que tem Síndrome Down, e necessita de acompanhamento com fono. Foi informada, no dia 19 de março, que o filho foi ‘cortado’ pela prefeitura.
“As sessões eram toda sexta-feira, cheguei com ele na PAI, e quando nos chamaram, a fonoaudióloga disse que a prefeitura tinha cortado o atendimento do Théo, já que o acompanhamento dele é a longo prazo e ele estaria ‘empatando’ a fila de espera”, relatou a mãe, em entrevista ao O PROGRESSO. Segundo ela, ao questionar a profissional se outras crianças haviam sido afetadas, ficou surpresa ao saber que não.
Quem vive o mesmo drama, porém com o filho na fila de espera é a Doracy Rodrigues dos Santos, mãe do Renan Miguel, de um ano e oito meses, e que há um e meio tenta atendimento na Policlínica Flamarion. Assim como no primeiro caso, o bebê precisa de acompanhamento com fonoaudiólogo e fisioterapeuta.
“Meu filho respira com a ajuda de aparelhos, são quatro ligados nele 24 horas por dia, e quando ele ainda estava no hospital, fui orientada a procurar a PAI, mas nunca tive retorno positivo. Foi levado um encaminhamento ao posto de saúde, e até hoje, ninguém nos procurou para que possamos iniciar o tratamento. O Renan precisa além da fono, de fisioterapia pulmonar e ocupacional, por causa da traqueostomia”, relatou.
Diante da ausência do município nesses atendimentos médicos de suma importância, Rozeli gasta por mês, uma média de R$ 800 com o filho, incluindo alimentação, leite, e fraldas. O orçamento pesa também para a família da Doracy. Segundo ela, os custos com insumos como sondas, medicamentos varia entre R$ 3,5 a R$ 4 mil.
O que diz a Prefeitura
O PROGRESSO questionou a Prefeitura de Dourados sobre os dois casos, porém o município não soube responder. A assessoria informou que há alguns dias, um dos servidores da prefeitura apresentou problemas e serviços ficaram ‘fora do ar’. Por isso, não foi possível reunir os dados.
“A equipe técnica vem trabalhando desde então para reestabelecer os serviços. A prefeitura informa que está tomando todas as providências para que a situação se normalize o quanto antes”.
Saiba mais | Sobre a PAI
A PAI foi criada em 2017, na gestão da então prefeita Délia Razuk, com o objetivo de ofertar atendimento exclusivo para mais de 47 mil pessoas com idades entre zero a 15 anos com consultas médicas especializadas em odontologia, fisioterapia, saúde mental e serviços de enfermagem, vacinação e distribuição de medicamentos. A obra custou R$ 1.621.313,91, sendo esta verba garantida com aporte do Ministério da Saúde, garantida pelo então deputado federal, Marçal Filho.
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