Dourados – MS quinta, 10 de outubro de 2024
23º
Manifestação

Indígenas fazem corrida de toras em defesa do cerrado

Protesto contra marco temporal e incêndios marcaram evento em Brasília

15 Set 2024 - 15h00Por Wellton Máximo, Agência Brasil - Brasília
Indígenas fazem corrida de toras em defesa do cerrado - Crédito: Agência Brasil Crédito: Agência Brasil

Em meio a protestos contra a lei que busca introduzir o marco temporal e os incêndios que assolam as florestas brasileiras, mulheres das etnias Timbira e Xavante percorreram, neste domingo (15), uma quadra da Asa Norte de Brasília carregando troncos de árvores, em mais uma edição da Corrida de Toras em Defesa do Cerrado. Promovido há mais de 20 anos, o evento ocorreu no Eixão do Lazer, avenida da capital federal aberta para pedestres aos domingos.

Vencida pelas timbiras neste ano, a corrida simboliza um manifesto político-cultural em defesa do cerrado, dos direitos e dos territórios dos povos indígenas. O evento busca chamar atenção para o crescimento de plantações e de pastagens ao redor das reservas indígenas no cerrado, que tem nascentes de oito das 12 principais bacias hidrográficas do país e abriga cerca de 12 mil pessoas da etnia Timbira e 19 mil da etnia Xavante.

Brasília, DF 15/09/2024 Em alusão ao Dia do Cerrado, mulheres dos povos Timbira e Xavante promoveram uma Corrida da Toras no Eixão do Lazer, na Asa Norte.  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilEm alusão ao Dia do Cerrado, mulheres dos povos Timbira e Xavante promoveram Corrida da Toras no Eixão do Lazer - Foto Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil 

 

Com cerca de cinco minutos de duração, a corrida de revezamento entre os Timbira e os Xavante costuma ser feita em datas festivas, mas, há cerca de duas décadas, passou a representar a defesa do cerrado. Pintados nas cores das tribos para espantarem os maus espíritos, os guerreiros das duas etnias carregam as toras de buriti, palmeira sagrada para diversos povos indígenas, de quase 100 quilos cada.

A madeira é passada de indígena para indígena da mesma etnia, em esquema de revezamento, quem não deixar o pedaço de tronco cair e chegar primeiro, vence. Apesar de as mulheres timbiras terem chegado na frente este ano, os organizadores do evento dizem que não há vencedores nem perdedores porque o objetivo da corrida é chamar atenção para a defesa do cerrado.

Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), as populações que fazem esse tipo de corrida vivem no Tocantins, no Maranhão, no Pará e em Mato Grosso.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Captação de recursos pode salvar empresas da recuperação judicial
Brasil

Captação de recursos pode salvar empresas da recuperação judicial

10/10/2024 16:15
Captação de recursos pode salvar empresas da recuperação judicial
Terceiro voo da FAB traz mais 217 pessoas do Líbano
Repatriação

Terceiro voo da FAB traz mais 217 pessoas do Líbano

10/10/2024 11:45
Terceiro voo da FAB traz mais 217 pessoas do Líbano
Terceiro voo da FAB sai do Líbano com 218 resgatados a bordo
Repatriação

Terceiro voo da FAB sai do Líbano com 218 resgatados a bordo

09/10/2024 18:00
Terceiro voo da FAB sai do Líbano com 218 resgatados a bordo
PF investiga grupo que movimentou R$ 1,4 bi com cigarros falsificados
Operações

PF investiga grupo que movimentou R$ 1,4 bi com cigarros falsificados

09/10/2024 17:30
PF investiga grupo que movimentou R$ 1,4 bi com cigarros falsificados
Artigo

Mulheres no mercado de trabalho: a legalidade de uma política de contratação exclusiva para mulheres

09/10/2024 13:30
Últimas Notícias