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Engenheiros formados na USP desenvolvem tecnologia de energia eólica inédita no Brasil

A Airborne Wind Energy (AWE), ainda em estágio de testes, tem potencial de ser mais barata, compacta e produzir mais energia que outras alternativas renováveis

16 Set 2021 - 09h00Por Jornal da USP
Nova tecnologia consegue alcançar altitudes onde o vento é mais forte e consistente - Crédito: PxfuelNova tecnologia consegue alcançar altitudes onde o vento é mais forte e consistente - Crédito: Pxfuel

Uma equipe de cientistas está desenvolvendo um protótipo de gerador de energia eólica inédito no Brasil, chamado Airborne Wind Energy (AWE). Os engenheiros Roberto Crepaldi e Leonardo Papais, formados na Escola Politécnica da USP, atuam desde junho de 2021 no projeto UFSCkite, da Universidade Federal de Santa Catarina, que pesquisa essa tecnologia desde 2012. Além dos dois, o projeto também conta com os professores Alexandre Trofino e Marcelo De Lellis, da própria UFSC.

O equipamento é composto de duas partes: uma unidade de solo e uma unidade de voo, que fica acoplada à vela. As duas são conectadas por um cabo, que vai sendo puxado pela vela à medida que ela é propelida pelo vento. Guiada pelos motores da unidade de voo, ela voa em trajetória de oito até levar o cabo ao seu limite. Em seguida, é puxada de volta e o ciclo se repete. Como a energia necessária pelo motor da unidade de solo para puxar o cabo é só uma fração da produzida, cada ciclo termina acumulando energia, explica Crepaldi.

Seus principais diferenciais em relação às turbinas eólicas convencionais são que usa só uma fração dos materiais e consegue alcançar altitudes onde o vento é mais forte e consistente (enquanto a altura média de uma turbina eólica é de 120 metros, o kite alcança entre 600 e 800 metros). Além disso, é muito menor e pode ser facilmente transportado. Mais barato, mais poderoso e menos espaçoso.

Versões mais avançadas dessa tecnologia já estão sendo testadas por empresas europeias, como a Kitepower e a Skysails Power, com as quais Roberto e Leonardo tiveram reuniões durante avaliações prévias da viabilidade de trazer a AWE para o Brasil.

O grupo de cientistas pretende ter um protótipo funcional até o fim do ano, com o qual buscam conseguir investimento para iniciar uma empresa, expandir os testes e futuramente produzir um modelo comercializável. As especificidades da transição do projeto da universidade, onde nasceu, para iniciativa privada ainda serão tratadas com a UFSC oportunamente, afirma Crepaldi.

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