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Má alimentação

Desequilíbrio nutricional está em 80% dos casos de câncer

Afirmação é da nutricionista Camila Saldanha, que ensina quais alimentos podem prevenir a doença

13 Mar 2021 - 08h00Por Charles Aparecido
Camila Armstrong Saldanha, nutricionista - Crédito: DivulgaçãoCamila Armstrong Saldanha, nutricionista - Crédito: Divulgação

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo e também em todas as regiões do Brasil. Em 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.

De acordo com INCA, algumas medidas como seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado. Essas ações são capazes de evitar 28% de todos os casos da doença. A nutricionista Camila Armstrong Saldanha, destaca que uma boa alimentação ajuda na prevenção do câncer de mama. “Quando adequada e individualizada, a alimentação atua na redução da resposta inflamatória e melhora o sistema imunológico. Para cada paciente e tipo de tumor segue-se uma estratégia nutricional diferente”, informa a nutricionista.  

É de extrema importância que todas as mulheres tenham a prática de exames periódicos acompanhados por seu médico. Camila Armstrong alerta que cerca de 80% dos pacientes apresentam desequilíbrio nutricional no momento do seu diagnóstico. Muitas pessoas desconhecem a relação entre câncer e hábitos de vida saudável. “Alimentos processados, cheios de açúcar e aditivos químicos impactam no aumento do risco de câncer. Recomendo adotar comportamentos protetores como uma dieta com ação anti-inflamatória e antioxidante que melhore a eficiência do seu sistema de defesa, associada à atividades físicas que lhe causem prazer, práticas integrativas como o meditação e yoga, respeitar os momentos de descanso, as boas horas de sono, e o controle periódico de exames”, diz a nutricionista. 

“Hoje parece que nem aconteceu tudo isso, mas quando lembro e principalmente quando conto a alguém fico triste por toda a situação mas ao mesmo tempo muito feliz por ter conseguido passar por ela” 
Aline Fusgheira Pereira (Professora)

No caso da professora Aline Fusgheira Pereira, no início do ano de 2016 ela notou que o seio esquerdo estava crescendo. “Acreditei que estivesse tudo certo afinal eu era nova tinha apenas 18 anos e para mim estava somente me desenvolvendo”, conta Aline. A professora descobriu no ultrassom um tumor e no mastologista fez a biópsia onde constatou que era benigno mas por algum motivo não parava de crescer e estava “comendo” muito tecido mamário. Aline Fusgheira teve que fazer a cirurgia e colocar uma prótese para reconstrução da mama pois, por conta do tamanho do tumor somente cirurgia o seio não voltaria ao normal. Aline conta que o processo de recuperação foi bem doloroso e o apoio da mãe foi muito importante para que conseguisse se recuperar. Foi tudo muito rápido, ela passou por tudo isso em menos de três meses, por isso, se você notar qualquer mudança em seu corpo procure um médico. “Hoje parece que nem aconteceu tudo isso, mas quando lembro e principalmente quando conto a alguém fico triste por toda a situação mas ao mesmo tempo muito feliz por ter conseguido passar por ela”, comenta emocionada. 

“Foi muito difícil. Passava até duas semanas fora de casa. Tinha medo, pois pensava muito nas minhas filhas, mas como eu precisava vencer a doença, nunca desanimei e confiante fiz todo o tratamento” 
Marlene Silvia Elger (Aposentada)

Segundo a cartilha do INCA disponível em www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/14-politica.pdf, há dois tipos de exames de rastreamento do câncer de mama: o exame clínico e a mamografia. O exame clínico sempre deve ser feito por um profissional da saúde e seu objetivo é detectar a fase inicial. No caso da dona Marlene Silvia Elger, foi preciso um diagnóstico mais preciso, os médicos utilizaram mamografia, ultra-sonografia e a biópsia. A batalha de Marlene contra o câncer começou em 1990, em 1988 ela foi encaminhada para Campo Grande - MS pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, já que na época não havia tratamento oncológico em Dourados. “Foi muito difícil. Passava até duas semanas fora de casa. Tinha medo, pois pensava muito nas minhas filhas, mas como eu precisava vencer a doença, nunca desanimei e confiante fiz todo o tratamento”, afirma Marlene. A sua força para lutar contra a doença veio do apoio da família, amigos e até mesmo dos seus vizinhos.

Para Aline e Marlene não foi fácil receber o diagnóstico de que “algo não está certo com sua mama”, ao ouvir isso cada mulher lida com o diagnóstico de uma forma diferente. Saiba que o suporte de quem te ama e quer o seu bem é essencial para lidar com as informações, tratamento e cirurgia se for o caso. Lembre-se, você não está só, busque uma clínica de tratamento, procure se preciso um apoio psicológico e tenha em mente ações que promova seu bem-estar diário, seja forte e não permita que a doença retire sua vontade de viver e a alegria de estar com que se ama!

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