
O vice-presidente Hamilton Mourão disse que vai tomar a vacina contra Covid-19 mas que não vai "furar fila", ou seja, não receberá o imunizante antes das pessoas que têm prioridade segundo os critérios definidos pelo Ministério da Saúde.
Mourão voltou ao trabalho nesta segunda-feira, dia 11 de janeiro, após 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu para tratamento da doença. A jornalistas ele defendeu ainda que a imunização contra a Covid-19 é uma questão coletiva, e não individual.
"[Pretendo tomar a vacina] dentro da minha vez. Eu sou grupo dois de acordo com o planejamento [do Ministério da Saúde]. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandística", disse o vice-presidente se referindo à possibilidade de tomar vacina ante do prazo para incentivar outras pessoas a aderirem à campanha de imunização.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) analisa o pedido de uso emergencial no Brasil de duas vacinas contra a Covid-19. Uma é do Instituto Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A outra é desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, do Reino Unido.
O vice-presidente defendeu ainda que "a vacina é para todo o país" e "uma questão coletiva." As declarações de Mourão vão na direção oposta daquelas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem dito que não vai tomar a vacina e defende que ninguém seja obrigado a se vacinar.
"Eu acho que a vacina é para o país como um todo, é uma questão coletiva, não individual. O individuo aqui está subordinado ao coletivo, neste caso", disse Mourão.
O vice falou sobre o período de isolamento e os sintomas da doença. "Eu tive três dias ali que realmente os sintomas foram mais pesados e, depois, não", disse "A partir do quinto, sexto dia, eu estava bem", descreveu.
Ele também lamentou o "número elevado" de mortes por Covid-19 no Brasil.
Disputa na Câmara
O vice-presidente disse que a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados deve ser apertada, mas que os dois candidatos que disputam o cargo, os deputados Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e por partidos de oposição, têm um índice alto de votações com o governo em matérias analisadas na Casa.
"Em qualquer hipótese, o governo tem que ter uma boa conexão, uma boa ligação com Câmara e Senado, no sentido de a gente poder aprovar aquilo que é necessário para o país poder avançar", disse.
"Nós temos aquelas PECs que estão ali desde o começo do ano passado, mais a questão das reformas. Então, precisamos trabalhar forte esse ano", analisou.
Estados Unidos
Mais tarde nesta segunda, em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão falou sobre a invasão ao prédio do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, por apoiadores do presidente Donald Trump.
O vice-presidente condenou a violência dos invasores, que não aceitam a derrota de Trump nas eleições presidenciais do ano passado e, assim como o presidente norte-americano, alegam, sem apresentar provas, que o pleito foi fraudado.
Para Mourão, o processo eleitoral nos EUA foi "correto".
"Todas as reclamações que foram apresentadas perante as diferentes justiças estaduais, elas foram devidamente analisadas e a Justiça não deferiu essas contestações. Então, eu julgo que o processo eleitoral foi correto".
Deixe seu Comentário
Leia Também

Covid-19
Plano Estadual prevê imunização de 26 mil profissionais da Saúde
24/01/2021 08:00

brasil
Senadores querem explicações de Pazuello e Guedes sobre enfrentamento à pandemia
21/01/2021 17:09

Brasil
Empresas podem solicitar manutenção do Selo Biocombustível Social pela internet
21/01/2021 16:03

brasil
INSS: prova de vida de aposentados é suspensa até fevereiro
20/01/2021 17:30

Concurso Público
PRF publica edital de concurso com 1,5 mil vagas e salários de R$ 9,8 mil
20/01/2021 09:35