Grupos pró-intervenção militar estão infiltrados entre caminhoneiros, segundo lideranças do movimento -
O governo investiga a infiltração de três movimentos polÃticos denominados como "Intervenção militar já", "Fora Temer" e "Lula livre" , na paralisação dos caminhoneiros. A suspeita é de que esses grupos estão por trás da manutenção dos bloqueios, mesmo após ter boa parte de suas reivindicações atendidas ou ao menos encaminhadas. Essa é uma leitura feita nas reuniões do gabinete de crise montado pelo Palácio do Planalto na semana passada, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou em entrevista coletiva que há um forte grupo de intervencionistas infiltrado na paralisação dos caminhoneiros."Quem quer derrubar o governo que monte um movimento, não use a Abcam", disse. "Os caras querem dar um golpe neste paÃs e eu não vou fazer parte disso", acrescentou.
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de IjuÃ, no Rio Grande do Sul, Carlos Alberto Litti, também reconhece a infiltração no movimento de defensores de um golpe militar."Para esses que têm posição extremista, esse ou qualquer outro acordo não iria funcionar porque a intenção não é resolver problemas, mas criar o caos, a instabilidade", afirmou.
Segundo o Estadão, lÃderes dos caminhoneiros informaram ao Planalto em reunião no último domingo (27) que os infiltrados somam algo como 10% a 15% do movimento. A informação foi recebida com irritação pelas autoridades federais, principalmente por envolver o "Fora Temer".
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a PolÃcia Rodoviária Federal vai intervir para afastar esses grupos. "A PRF conhece as estradas onde trabalha, conhece quem é lÃder do movimento caminhoneiros e sabe das infiltrações polÃticas. Ela está mapeando e não quer cometer nenhuma injustiça. Com muita cautela, vai começar a separar os infiltrados."