"A falta de suprimentos nos hospitais pode redundar em questões de vida ou morte para os cidadãos brasileiros usuários do sistema de saúde," disse o presidente da FBH, Aramicy Pinto, ao afirmar que apoia as reivindicações dos caminhoneiros.
No comunicado, Aramicy Pinto defende a retomada das discussões sobre a reforma tributária e a discussão em torno da redução dos encargos fiscais no país. "Uma grande luta da FBH é por uma reforma tributária que diminua e simplifique os encargos fiscais absurdos que pesam sobre qualquer setor produtivo nesse país, especialmente o da saúde."
A paralisação dos caminhoneiros começou na segunda-feira da semana passada (21), contra os seguidos aumentos do preço do diesel. O movimento fez bloqueios em estradas e teve impacto no abastecimento de combustível e alimentos em regiões do país. As principais reivindicações da categoria são: redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada.
Embora a categoria tenha se comprometido com o governo federal de permitir a circulação de veículos com cargas vivas e medicamentos e insumos hospitalares, caminhões com essas cargas especiais chegaram a ficar parados nas rodovias. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por exempo, adiou cirurgias, exames e atendimentos não urgentes no período da paralisação, pois houve relatos de falta de oxigênio e material para hemodiálise no DF.
Diálise
A Sociedade Brasileira de Nefrologia alertou que a falta de insumos está afetando pacientes que precisam de diálise. Atualmente, cerca de 126 mil brasileiros têm doença renal crônica e fazem tratamento em 758 clínicas ativas.
A entidade recomenda que as clínicas de diálise em situação de emergência, sem estoque, carga presa e sem transporte preencham formulário no site da entidade na internet. As informações serão repassadas para o Ministério da Saúde.