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Festival América do Sul Pantanal bate recorde de público

05 Jun 2018 - 07h00
O quarteto Bro MCs de Dourados fez um show contagiante em que mostrou o rap guarani cheio de mensagens e protestos em defesa dos povos indígenas - Crédito: Foto: André PatroniO quarteto Bro MCs de Dourados fez um show contagiante em que mostrou o rap guarani cheio de mensagens e protestos em defesa dos povos indígenas - Crédito: Foto: André Patroni
Em edição histórica, o Festival América do Sul Pantanal (FASP) contou com mais de 200 atrações e reuniu milhares de pessoas para assistir performances artísticas, sessões de cinema, espetáculos de dança, teatro e circo, exposições e participar de seminários, palestras, debates, oficinas e muito mais.

A 14ª edição do Festival aconteceu entre 21 e 27 de maio nas cidades sul-mato-grossenses de Corumbá e Ladário e nas bolivianas Puerto Quijarro e Puerto Suárez. Segundo a organização, cerca de 60 mil espec-tadores prestigiaram as atividades do FASP, superando as edições do festival de 2015 e 2016, que tiveram, respectivamente, um público de 40 mil e 35 mil espectadores.

De acordo com a PM, somente o Palco Integração, localizado na Praça Generoso Ponce, em Corumbá, obteve a presença de 45 mil espectadores para assistir aos shows de Fábio Kaida, Martinho da Vila, Bro MCs, Criolo, Puerto Candelária, Daniela Mercury, Tostão & Guarany e Aurélio Miranda e a cantora Roberta Miranda. Outro indício de que a edição do Festival que se encerrou no dia 27 de maio foi sucesso de público é que os hotéis e hostels de Corumbá tiveram lotação máxima durante o FASP.

O secretário de Cultura e Cidadania, Athayde Nery, comemora o grande público que prestigiou o Festival. "Esta 14ª edição foi construída a partir das sugestões feitas em audiência pública e acabou gerando momento. Foi um Festival de celebração a vida. Além dos shows com artistas sensacionais, tivemos discussões importantes. Foram debates ligados diretamente ao nosso propósito de refletir sobre o tema "Cultura e Cidadania Sem Fronteiras" e pensar em valores como o respeito, a democracia e a paz, funda-mentos que nortearam a programação deste Festival", frisa Athayde.

Marcelo Iunes, prefeito de Corumbá, afirma que o Festival América do Sul Pantanal tornou-se um dos momentos mais importantes do calendário cultural corumbaense, junto ao Carnaval e ao Banho de São João. "A cidade ganha vida e a população vive um momento de celebração que é único a cada ano.
A programação do Festival América do Sul Pantanal destacou artistas importantes da música regional, na-cional e internacional nos palcos Rio Paraguai e Integração. No primeiro, apresentaram-se Marcos Assun-ção, O Santo Chico, Dami Baz, de Mato Grosso do Sul, além de Del Pueblo Del Barrio, do Peru, e Rolando Chaparro do Paraguai. Também foi o palco onde aconteceram as festas que animaram a madrugada de quem estava em Corumbá. No domingo, a programação foi encerrada com uma batalha de rap, a Batalha do Porto, evento já tradicional da cidade, e o som do Vamo Apelá Sistema de Som.

O Festival de Curimba ainda mostrou ao público os sons e a força das religiões de matrizes africanas, são cerca de 400 terreiros na cidade. Por sua vez, o Palco Integração foi o local que reuniu o grande público do FASP. A festa foi aberta com a harpa de Fábio Kaida, dono de um longo cabelo impossível de não notar, e no ritmo cadenciado de Martinho da Vila que, todo de branco, iniciou sozinho o show recheado de sucessos. Comemorando seus 80 anos, foi ovacionado pelo público.

Na sexta-feira, foi Criolo (pedido em audiência pública) que comandou uma plateia repleta de jovens can-tando junto a maioria das músicas. O rapper paulistano não deixou de repetir que só por meio do amor a verdadeira mudança poderia acontecer, que se frustrou quem esperava que houvesse violência em seu show e que a integração proposta pelo festival com os países vizinhos não deveria ser apenas nos dias do evento, mas o ano inteiro. O público já estava embalado pelo desempenho perfeito do Bro MCs, rappers indígenas de Dourados que retrata em suas letras as mazelas e os vários problemas enfrentados pela comunidade indígena em Mato Grosso do Sul inesquecíveis. Foi um Festival de celebração a vida. Além dos shows com artistas sensacionais, tivemos discussões importantes. Foram debates ligados diretamente ao nosso propósito de refletir sobre o tema "Cultura e Cidadania Sem Fronteiras" e pensar em valores como o respeito, a democracia e a paz, fundamentos que nortearam a programação deste Festival", frisa Athayde.

Marcelo Iunes, prefeito de Corumbá, afirma que o Festival América do Sul Pantanal tornou-se um dos momentos mais importantes do calendário cultural corumbaense, junto ao Carnaval e ao Banho de São João. "A cidade ganha vida e a população vive um momento de celebração que é único a cada ano.

A programação do Festival América do Sul Pantanal destacou artistas importantes da música regional, na-cional e internacional nos palcos Rio Paraguai e Integração. No primeiro, apresentaram-se Marcos Assun-ção, O Santo Chico, Dami Baz, de Mato Grosso do Sul, além de Del Pueblo Del Barrio, do Peru, e Rolando Chaparro do Paraguai. Também foi o palco onde aconteceram as festas que animaram a madrugada de quem estava em Corumbá. No domingo, a programação foi encerrada com uma batalha de rap, a Batalha do Porto, evento já tradicional da cidade, e o som do Vamo Apelá Sistema de Som.

O Festival de Curimba ainda mostrou ao público os sons e a força das religiões de matrizes africanas, são cerca de 400 terreiros na cidade. Por sua vez, o Palco Integração foi o local que reuniu o grande público do FASP. A festa foi aberta com a harpa de Fábio Kaida, dono de um longo cabelo impossível de não notar, e no ritmo cadenciado de Martinho da Vila que, todo de branco, iniciou sozinho o show recheado de sucessos. Comemorando seus 80 anos, foi ovacionado pelo público.

Na sexta-feira, foi Criolo (pedido em audiência pública) que comandou uma plateia repleta de jovens can-tando junto a maioria das músicas. O rapper paulistano não deixou de repetir que só por meio do amor a verdadeira mudança poderia acontecer, que se frustrou quem esperava que houvesse violência em seu show e que a integração proposta pelo festival com os países vizinhos não deveria ser apenas nos dias do evento, mas o ano inteiro. O público já estava embalado pelo desempenho perfeito do Bro MCs, rappers indígenas de Dourados que retrata em suas letras as mazelas e os vários problemas enfrentados pela comunidade indígena em Mato Grosso do Sul.

No sábado, foi a vez de Daniela Mercury fazer a cidade toda cantar em um show que ultrapassou duas horas de duração. Antes, os colombianos do Puerto Candelária esquentaram o público, colocando todo mundo para dançar ao som de sua cumbia rebelde. No domingo, último dia de festival, o sertanejo raiz tomou conta da Praça Generoso Ponce. Primeiro com o encontro memorável da dupla Tostão & Guarany com o violeiro Aurélio Miranda. Na sequência, o público formado por muitos casais e senhoras que cantaram em coro a maioria das músicas de uma visivelmente empolgada Roberta Miranda.

Integração

Com a presença de artistas de 10 países sul-americanos, o FASP 2018 contou com mais de 17 horas diárias de programação gratuita, com ações iniciando-se às 7h30 da manhã e encerrando-se madrugada adentro. As duas festas no Palco Rio Paraguai, no Porto Geral, empolgaram o público quase até o amanhe-cer e ofereceram de diversão ao som de música eletrônica com DJs de destaque, na sexta-feira, e com a tradição do samba e dos grandes sambistas corumbaenses, no sábado.

Mais de 15 locais receberam atrações do Festival. As praças de Corumbá foram movimentadas com espetáculos cênicos e os bairros do município também receberam ações, com a circulação da biblioteca itinerante do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Mato Grosso do Sul, teatro de bonecos com Lício de Castro e o espetáculo Kombinado do ator Anderson Lima, além do show de Xaras Gabriel de Dubmistah.

Outras atividades, como o passeio de barco na Rota Cultural contou com a tradição dos cururueiros de Ladário e Corumbá e a encenação do grupo teatro ladarense Tesouro Pantaneiro. Teatro e dança, além do circo, ocuparam espaço de destaque no Festival América do Sul Pantanal 2018, com apresentações em palcos espalhados pela cidade.

Mais de 10 pontos divididos entre Corumbá, Ladá-rio, Puerto Suárez e Puerto Quijarro receberam apre-sentações de grupos de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Norte, Sergipe, assim como dos internacionais vindos da Colômbia, Bolívia e Argentina. No Circo da Cultura e Cidadania houve a presença de mais de 500 alunos na parte da manhã com apresentações artísticas com temas nos países da América do Sul. Já na parte da tarde o público conferiu, pela primeira vez no Brasil, o espetáculo "Circus" dos colom-bianos do Circo Medellín, comandado pelo experiente Carlos Alvarez.

As artes visuais e o cinema foram destaque na programação do Festival América do Sul Pantanal. Locais como a Casa Beneficência Portuguesa, o Centro de Convenções Miguel Gomes, o Moinho Cultural, entre outros, receberam obras de inúmeros artistas de Mato Grosso do Sul e do acervo do Museu de Arte Contemporânea (Marco). Também se pode apreciar trabalhos de nomes como Ejti Stih, Alfredo Muller e Adolfo Torrico, artistas bolivianos de Santa Cruz de La Sierra. Dois artistas visuais de Corumbá, Jonir Fi-gueiredo e Rubén Darío, apresentaram exposições individuais. Outro destaque foi o casal de grafiteiros chilenos Tikai e Aner, que criou dois grandes murais em Ladário e Corumbá.

O cinema também abriu espaço para produções sul-americanas importantes. Muitas delas inéditas em Mato Grosso do Sul, como foi o caso de "Zama", da argentina Lucrécia Martel, e o brasileiro "Corpo Elétrico", de Marcelo Caetano. Outro destaque foi a exibição de "Uma Mulher Fantástica", filme chileno dirigido por Sebastián Lelio que venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro neste ano. A programação de cinema começou na segunda-feira, antes da abertura oficial do FASP 2018. Além dos destaques nacionais e internacionais, a programação contou com exibições de produções sul-mato-grossenses com sessões em Ladário e no Centro Artes e Esportes Unificado (CEU).

O Festival América do Sul Pantanal é uma realização do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Cultura e Cidadania (SECC) e Fundação de Cultura de MS, e da Prefeitura de Corumbá.




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